27/02/2016

Estudo contribuirá com diminuição do desmatamento no Amazonas

Segundo projeto de pesquisa, integração de plantas de pastagens e mudas de pau rosa em uma mesma área pode diminuir abertura de novos campos par melhorar áreas de pastagens degradadas

O pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Emanuel Orestes da Silveira, está desenvolvendo um estudo com apoio do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) para integrar espécies de plantas de pastagens junto às mudas de pau rosa para contribuir com a diminuição do desmatamento na região amazônica. O estudo que deve ser concluído em 2018 beneficiará, ainda, os produtores rurais com o incremento da exploração silvícola e a produção animal.

Segundo o pesquisador, o estudo pretende avaliar a produtividade de plantas de pastagens estabelecidas nas entre linhas das mudas de pau rosa, disponibilizadas em diferentes espaçamentos. A ideia é encontrar alternativas que resultem um sistema mais sustentável e que melhore a renda produtores locais.

“O foco deste trabalho é integrar em uma mesma área espécies de plantas de pastagens melhoradas juntamente ao sistema arbóreo para que se incremente em uma mesma área a  exploração silvícola e a produção animal, mitigando desta forma a abertura de novas áreas para as pastagens no Amazonas. A iniciativa deve melhorar as áreas de pastagens degradadas e dará uma alternativa a mais de renda ao produtor ao se estabelecer uma espécie arbórea nativa da região em um sistema mais sustentável”, disse Silveira.

Desenvolvimento
O estudo é desenvolvido em dois ambientes. A parte de campo está sendo estabelecida em duas pequenas propriedades rurais do Médio Amazonas. Segundo o pesquisador, a ideia é demonstrar a viabilidade do estudo ao pequeno produtor. Já a parte da extração da essência será realizada nas instalações da Ufam, em Manaus.

“Ao incrementar a renda do produtor através da diversificação da produção, estaremos minimizando as perdas de solo através de erosão, diminuindo os custos de abertura de novas áreas para as pastagens e aumentando a produção animal individual e por área através do aumento da disponibilidade de forragem”, disse Emanuel.

De acordo com o pesquisador, apesar dos processos serem conhecidos, atualmente eles não são aplicados, de maneira prática, junto aos produtores.

“A partir do momento que se vislumbrar a real importância destes processos o Estado receberá o benefício de uma produção agrossilvipastoril sustentável, caracterizando desta forma o Amazonas com a sua vocação florestal e mostrando à sociedade que existe um caminho que pode ser trilhado”, disse o pesquisador.

 Fonte: Francisco Santos / Agência Fapeam  Imagem: Freepik