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01/06/2016

Excelência nos cursos de humanas atrai estrangeiros para a USP


A internacionalização é sempre lembrada como um fator preponderante para avaliar o desempenho de uma universidade – receber e enviar acadêmicos para outros países são um incentivo à pesquisa em conjunto, à difusão de novas práticas e conhecimentos, e à pluralidade e qualidade da formação, seja de alunos ou docentes. A internacionalização é também um importante critério em boa parte dos rankings que avaliam o ensino superior em todo o mundo.

Em 2015, a USP enviou para fora do país mais de 3 mil estudantes e recebeu quase 1,5 mil intercambistas. Nesse contexto, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP tem mostrado uma tendência oposta à da Universidade como um todo: recebeu mais que o dobro de alunos do que enviou para o exterior.

Apenas no ano passado, 297 estudantes de países como França, China e Colômbia chegaram à USP para acompanhar os cursos de Ciências Sociais, Filosofia, Geografia, História e, principalmente, Letras. Assim, a FFLCH foi, sozinha, responsável por mais de 20% dos alunos estrangeiros que estudam hoje na USP no âmbito da graduação. A unidade tem atualmente 117 convênios vigentes com 34 países.

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Fonte:  Aline Naoe/Jornal da USP
Imagem: Freepik

07/02/2016

Pesquisador reúne em livro trabalhos sobre lutas sociais na América Latina


A obra reúne uma coletânea de textos acadêmicos produzidos em universidades brasileiras e argentinas, em grupos de pesquisa sobre América Latina contemporânea

As lutas sociais pela memória e os sentidos das experiências passadas, as relações entre os Estados com os governos ditatoriais no marco da Doutrina de Segurança Nacional e as diferentes dimensões da luta política contra a ditadura militar argentina tanto no interior do país quanto no exílio estão sendo abordadas no livro “Questões da América Latina contemporânea: novos objetos, novas dimensões, novas temporalidade”, organizado com apoio do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) pelo pesquisador Diego Omar. A obra está prevista para ser lançada até o final de fevereiro deste ano.

A obra reúne uma coletânea de textos acadêmicos produzidos em universidades brasileiras e argentinas, em grupos de pesquisa sobre América Latina contemporânea e durante eventos (nacionais e internacionais) dedicados estudos latino-americanos.

Com uma linguagem acessível ao público, o livro composto por 16 capítulos está divido em duas partes: a primeira intitulada “Histórias e Memórias do passado ditatorial e as violações dos Direitos Humanos” que reúne trabalhos que abordam temas como as lutas sociais pela memória e os sentidos das experiências passadas na atualidade, as relações entre estados com governos ditatoriais no marco da Doutrina de Segurança Nacional e as diferentes dimensões da luta política contra a última ditadura militar argentina (1976-1983) tanto no interior do país quanto no exílio.

Já a segunda parte do livro – “Abordagens gerais sobre História do tempo presente e os processos sociopolíticos em curso” – trata de leituras mais amplas sobre projetos esboçados na América Latina, assim como de representações e atores sociais e intelectuais ainda presentes na esfera pública, onde as leituras do passado e os projetos de futuro do continente continuam sendo debatidos.

O livro conta com aporte do Programa de Apoio a Publicação Científica (Biblos) da Fapeam que apoia a publicação de livros, manuais, números especiais (temáticos) de revistas e coletâneas científicas.  De acordo com o pesquisador, a obra é uma forma de ler a América Latina contemporânea a partir de problemas que estão relacionados com a atualidade.

“Os autores do livro buscam enfrentar duas questões que é a de como correlacionar os processos de transições de justiça na América Latina, tendo em vista, as graves violações dos direitos humanos e de como é que a sociedade atual absorve o impacto de tantos anos sem democracia. Então, como é que essas democracias recentes têm impactado na cultura  política latino americano. A segunda questão é pensar como é que existe hoje um processo de renovação dos principais temas e abordagens sobre a América Latina”, disse o pesquisador.

Doutorando em História e Culturas Políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Diego Omar, explicou que a parceria com a Universidade de Buenos Aires surgiu com objetivo de fortalecer o intercâmbio entre as universidades nacionais com a própria América Latina, já que segundo ele, existe um déficit nessa relação.

“Nós temos os olhos muitos voltado para Europa, à maioria dos intercâmbios são para a Europa ou Estados Unidos, então a gente viu a necessidade de estreitar laços com aquilo que está sendo feito dentro da própria América Latina, por isso reunimos grupos de pesquisas”, disse ele.

Fonte: Esterffany Martins / Agência Fapeam
Foto: Érico Xavier / Agência Fapeam