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17/08/2016

USP é a mais bem classificada no ranking ARWU entre as latino-americanas


Publicado no dia 15 de agosto pela Shanghai Ranking Consultancy, o Academic Ranking of World Universities avaliou mais de 1.200 instituições, classificando as 500 primeiras. A USP é a universidade latino-americana mais bem colocada, no grupo entre a 100ª e a 150ª posição, mesma classificação alcançada no ano passado.
Harvard manteve a liderança do ranking, seguida por Stanford e pela Universidade da Califórnia Berkeley. Com exceção das universidades inglesas de Cambridge (4ª posição) e de Oxford (7ª posição), todas as demais instituições que ocupam os 10 primeiros lugares são norte-americanas.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ficaram no grupo entre a 301ª e a 400ª posição. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ficaram no grupo entre a 401ª e a 500ª posição. A listagem completa pode ser conferida no site do ARWU.
Publicado desde 2003, o Academic Ranking of World Universities (ARWU) é considerado um dos precursores dos rankings universitários. A classificação utiliza seis indicadores para avaliar as instituições, incluindo o número de ex-alunos e docentes ganhadores de Prêmios Nobel, número dos pesquisadores mais citados, número de artigos publicados nas revistas Nature e Science, número de artigos indexados no Science Citation Index – Expanded e Social Sciences Citation Index e a performance de pesquisa per capita relativa ao tamanho da instituição.
Da Assessoria de Imprensa da USP

05/07/2016

USP oferece cursos gratuitos para a terceira idade na Zona Leste


Agência FAPESP – A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP) está com inscrições abertas, entre os dias 4 e 6 de julho, para 730 vagas em 31 cursos do programa Universidade Aberta à Terceira Idade. As aulas terão início no próximo mês de agosto e os interessados em se inscrever nas atividades devem ter mais de 60 anos.
A programação do segundo semestre conta com palestras, aulas de dança, teatro, curso de inglês, musculação, patchwork, atividades que estimulam a memória, além do curso Idosos On-line, que proporciona a alfabetização digital dos participantes. O catálogo de cursos está disponível no endereço http://prceu.usp.br/nucleodosdireitos/usp3idade/atividades/.
O Programa Universidade Aberta à Terceira Idade é promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP. As inscrições para atividades em outras Unidades de Ensino e Pesquisa da Universidade estarão abertas no período de 25 a 29 de julho.
A EACH está localizada na avenida Arlindo Béttio, 1.000, em Ermelino Matarazzo, na zona leste da cidade de São Paulo.
Mais informações podem ser obtidas na Secretaria da Comissão de Cultura e Extensão da EACH pelo telefone (11) 3091-1016 ou pelo e-mailccex-each@usp.br

14/06/2016

Brasil tem 4 universidades em Top 10 da América Latina; USP mantém 1º lugar


A Universidade de São Paulo (USP) manteve a primeira posição no ranking de universidades da América Latina feito pela empresa britânica Quacquarelli Symonds (QS), um dos levantamentos mais prestigiados do mundo.

Entre as dez melhores da região, quatro são brasileiras. Completam a lista a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 2º lugar, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 5º, e a Universidade de Brasília (UnB), em 9º.

A USP também foi a primeira no ranking no ano passado, quando superou a PUC do Chile. Este ano, a universidade chilena está na 3ª colocação.

A QS também publica um ranking global, que usa critérios diferentes para avaliação. No último divulgado, no ano passado, a USP ficou em 143º lugar - perdeu 11 posições em relação ao ano anterior devido a uma mudança de metodologia.

"Mas a USP também enfrenta desafios ao competir em um contexto global. Este último é mais duro, com atores de peso global que estão ficando cada vez mais sofisticados. Na Ásia, em particular, estamos vendo grandes investimentos em pesquisa, o que faz diferença", diz Simona Bizzozero, porta-voz da QS.

Como em anos anteriores, o Brasil continua dominando o ranking latinoamericano. Entre as 300 universidades que entraram no ranking, 76 são brasileiras - há mais brasileiras na lista do que qualquer outro país.

No ano passado, porém, o Brasil tinha uma a mais no "top ten": a Unesp caiu da 8ª para a 12ª opção este ano.

Segundo comunicado divulgado pela QS, o Brasil tem bons resultados porque "tem investido em pesquisa, principalmente por meio do (programa) Ciência Sem Fronteiras, e tem a maior produtividade em pesquisa na região em termos de artigos publicados."

"Mas suas universidades ainda têm impacto de pesquisa relativamente baixo, medido por citações por artigos publicados".

Isso significa que os artigos produzidos por acadêmicos no Brasil são pouco citados em outros papers.

Um dos motivos, diz Bizzozero, é que muitos artigos brasileiros ainda são publicados em português. Se houvesse mais publicação em inglês, diz, aumentariam as citações.

Além disso, afirma, uma alta produção acadêmica "nem sempre se traduz em pesquisa de qualidade".

Ela acrescenta ainda que colaborações internacionais são "chave". Segundo ela, no Brasil há algumas instituições top que fazem colaborações internacionais bem-sucedidas, mas há uma grande distância entre elas e outras universidades regionais no país.

"Mas é preciso reconhecer que universidades têm missões diferentes", diz. "Nem todas podem almejar uma posição de excelência global. Para muitas, a missão principal é servir a comunidade local e, por isso, as prioridades são diferentes."

A USP, por exemplo, tem mais alunos do que as universidades que costumam ocupar as primeiras posições no ranking global. Com menos alunos, os acadêmicos destas instituições acabam se dedicando mais à pesquisa.

Neste ano, o ranking latinoamericano passou a valorizar mais a área de pesquisa e de trocas com outras universidades.

Os outros critérios usados são: reputação acadêmica, reputação entre empregadores, taxa de professores/alunos, publicação de artigos, citação em outros artigos, proporção de professores com doutorado e impacto na internet.

Outros países
Os outros países com universidades entre as 10 melhores da América Latina são Chile, Colômbia e México.

Já no ranking mundial, divulgado no ano passado, as primeiras são Massachussets Institute of Technology (EUA), Universidade de Harvard (EUA), Universidade de Cambridge (Reino Unido), Universidade de Stanford (EUA) e Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA).

Fonte: BBC

06/06/2016

Fábrica inteligente vai trazer a indústria do futuro para a universidade


A partir do próximo ano, o ensino de engenharia na USP vai dar um salto para o futuro: os alunos terão acesso a um laboratório que simula a produção de uma indústria inteligente, com recursos tecnológicos avançados e produtos personalizados.
Chamado de Fábrica do Futuro, o projeto é coordenado pelo curso de Engenharia de Produção da Escola Politécnica (Poli) da USP que quer envolver os estudantes com a indústria 4.0. O termo faz referência à chamada Quarta Revolução Industrial – uma era impulsionada por inovações como internet das coisas, robótica, inteligência artificial e impressão 3D.  Conhecido também como manufatura avançada, esse novo conceito de indústria envolve uma cadeia produtiva totalmente conectada, na qual os processos são adaptáveis às necessidades de produção e os recursos são usados com maior eficiência.
O primeiro passo para tornar a Fábrica do Futuro uma realidade foi a aprovação do projeto no programa Santander e-Grad, uma parceria da Pró-Reitoria de Graduação da USP com o Santander Universidades que investe em propostas para melhorar o ensino de graduação. Foram destinados quase R$ 50 mil ao projeto. A Poli, agora, estuda onde será sediado o laboratório. Enquanto isso, os responsáveis pela iniciativa buscam parcerias para ampliar a fábrica, principalmente de empresas que fabricam máquinas e equipamentos, consultorias e empresas na área de tecnologia da informação.
O projeto, aprovado há poucas semanas, é inspirado nas fábricas de ensino, uma tendência internacional nos cursos de engenharia, principalmente na Alemanha, onde surgiu a noção de indústria 4.0. São espaços para os estudantes acompanharem, na prática, como as tecnologias podem ser aplicadas no ambiente fabril, em geral, com foco em um produto específico.
“Vamos simular a fabricação de um skate. Ele foi escolhido porque é um produto relativamente simples, que permite uma configuração individualizada. Cada pedido é único”, explica o professor Eduardo Zancul, um dos coordenadores da iniciativa.
shape do skate, por exemplo, que é a tábua onde os pés são apoiados para realizar as manobras, podem ser de vários formatos. As rodinhas, por sua vez, podem ter cores diferentes para cada produto. O professor explica que, além disso, o skate oferece possibilidades como um produto inteligente. Por ser utilizado como meio de transporte, ele pode ter tecnologias de localização que o integrem, por exemplo, com sistemas que fazem rastreamento das linhas de ônibus.
Engenheiros do Futuro
Essas possibilidades serão avaliadas e desenvolvidas pelos alunos em disciplinas que envolvem inovação. “Já existe no curso a questão de planejar a produção, mas agora isso será feito com metodologias e tecnologias super atualizadas, afinadas com o que há de mais moderno no mundo”, avalia Zancul. Um exemplo é o uso de equipamentos que rastreiam os produtos únicos no ‘chão de fábrica’ com tecnologia RFID (sigla para Identificação por Rádio Frequência, em inglês), além da marcação de componentes com o código QR.
Para o professor, a Fábrica do Futuro torna a indústria mais atraente para os estudantes, que passam a enxergar oportunidades de criação de negócios, a partir de soluções inovadoras. “Há muito investimento na área, muito interesse das indústrias, empresas e governo na manufatura avançada. É um movimento forte no mundo e que está chegando no Brasil agora”, afirma. Em uma perspectiva mais ampla, o objetivo do novo laboratório será formar mão de obra capacitada para uma indústria nacional mais competitiva.
Zancul  ressalta que o projeto é uma ‘quarta perna’ de um núcleo de laboratórios da Poli que vem trabalhando com inovação, empreendedorismo e tecnologias móveis, somando agora a questão da produção para completar o conjunto, do qual fazem parte o Ocean USP, o Núcleo de Empreendedorismo (NEU) da USP e o InovaLab@Poli.
Além de Zancul, lideram o projeto os professores Davi Nakano e Marco Aurélio de Mesquita.
Fonte: Aline Naoe/Jornal da USP
Imagem: Freepik 

01/06/2016

Excelência nos cursos de humanas atrai estrangeiros para a USP


A internacionalização é sempre lembrada como um fator preponderante para avaliar o desempenho de uma universidade – receber e enviar acadêmicos para outros países são um incentivo à pesquisa em conjunto, à difusão de novas práticas e conhecimentos, e à pluralidade e qualidade da formação, seja de alunos ou docentes. A internacionalização é também um importante critério em boa parte dos rankings que avaliam o ensino superior em todo o mundo.

Em 2015, a USP enviou para fora do país mais de 3 mil estudantes e recebeu quase 1,5 mil intercambistas. Nesse contexto, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP tem mostrado uma tendência oposta à da Universidade como um todo: recebeu mais que o dobro de alunos do que enviou para o exterior.

Apenas no ano passado, 297 estudantes de países como França, China e Colômbia chegaram à USP para acompanhar os cursos de Ciências Sociais, Filosofia, Geografia, História e, principalmente, Letras. Assim, a FFLCH foi, sozinha, responsável por mais de 20% dos alunos estrangeiros que estudam hoje na USP no âmbito da graduação. A unidade tem atualmente 117 convênios vigentes com 34 países.

Leia mais em Jornal da USP
Fonte:  Aline Naoe/Jornal da USP
Imagem: Freepik

29/05/2016

USP de Ribeirão cria 'rato virtual' para substituir cobaias vivas em testes


Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (SP) criou um sistema que dispensa a utilização de ratos de verdade em testes comportamentais.

Desenvolvida pelo departamento de computação e matemática, a plataforma dispõe de animais virtuais e é inspirada nas ligações cerebrais de um roedor real para detectar alterações ligadas à ansiedade e ao medo.

"Essa rede neural artificial é inspirada nos neurônios, no sistema nervoso, simula o cérebro de um rato real. Com base nisso, temos o controle do nosso rato virtual. Esses ratos são postos no labirinto virtual para andarem e serem testados assim como um rato real em um labirinto real", diz a pesquisadora Ariadne de Andrade Costa.

Mais rápido
O método convencional difundido em todo o mundo consiste da utilização de ratos de verdade, cujas reações são detectadas dentro de uma estrutura chamada de labirinto de cruz. Depois do teste, o roedor é sacrificado, pois, para cada novo procedimento, é necessário utilizar um animal diferente, explica o psicólogo Rafael Bonuti.

"Nós só usamos o rato uma vez. Se a gente reexpor o animal ao teste, ele se acostuma e o comportamento dele vai mudar", afirma.

Além do potencial de acabar com o sacrifício de ratos, o sistema computadorizado tende a ser mais rápido que o método convencional, que demora em média cinco minutos por procedimento para apresentar resultados.

O modelo virtual simula os efeitos das drogas que diminuem e aumentam respectivamente os níveis de ansiedade em um mesmo animal virtual e em questão de segundos.

O resultado dos testes é dado em números e códigos que representam a reação dos animais.

"A gente consegue reproduzir o comportamento de ratos não apenas sem drogas, mas também de ratos em que foram inseridas drogas, mudando apenas um parâmetro", explica Ariadne.

Coordenador do projeto, Renato Tinós explica que o sistema representa uma evolução para a área da psicobiologia e também para teorias sobre a inteligência artificia
l.
"Possibilita que se reduza o número de experimentos com os ratos reais, que têm que ser sacrificados no final. A segunda contribuição é para área de computação, porque esses modelos possibilitam testar teorias de inteligência artificial. Com isso, pesquisadores da área podem desenvolver novos programas e testar novas teorias."

Fonte: G1 Ribeirão e Franca
Foto: Valdinei Malaguti/EPTV

18/05/2016

Medicina da USP vai testar no SUS aplicativo para tratar depressão


Em junho, a USP começa uma experiência inovadora no tratamento da depressão. Considerada a segunda maior causa de incapacitação e afastamento do trabalho no mundo, a doença  receberá uma nova conduta médica por meio do uso de um aplicativo para smartphone – o Conemo – que será testado em pacientes de 20 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da Zona Leste de São Paulo. Depois de processar informações sobre o estado emocional dos pacientes, o programa de ativação de comportamento intervém com estímulos propondo a execução de ações prazerosas e saudáveis, a fim de aliviar os sintomas da depressão.

Os pacientes terão como empréstimo por seis semanas um smartphone com o aplicativo instalado. Durante esse período, os participantes serão monitorados por profissionais de enfermagem  que fazem parte da equipe de saúde da família e que foram devidamente treinados para executarem a função. Três vezes por semana, os pacientes receberão uma notificação em seu aparelho para entrar no aplicativo. Por meio de questionários, textos e vídeos, eles serão convidados a fornecer informações sobre seu estado emocional naquele determinado dia. Baseado no processamento desses dados, o programa encorajará os pacientes a serem mais ativos, propondo-lhes atividades agradáveis e saudáveis como parte de seu dia a dia. A equipe de enfermagem, que também terá supervisão de pesquisadores do projeto Conemo, estará preparada para dar suporte para quem estiver tendo dificuldade no uso do aplicativo ou deixar de realizar alguma atividade proposta.

Segundo o médico Paulo Rossi de Menezes, do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina (FM) da USP e pesquisador do hub Latin America Treatment and Innovation Network Mental Health (Latin-MH), instituição que desenvolveu o aplicativo, os resultados dessa pesquisa devem ser bastantes satisfatórios e devem trazer benefícios e melhorias à saúde mental e física dos pacientes. Menezes contou que um projeto piloto semelhante a esse já foi implementado na cidade de Lima, no Peru,  e obteve resultados positivos.

"Essa linha de pesquisa visa a desenvolver e testar novas tecnologias que permitam ampliar o acesso de pessoas aos tratamentos efetivos, uma vez que há uma escassez de profissionais especializados nos países de baixa renda.”

O aplicativo foi desenvolvido por pesquisadores da FMUSP, em parceria com outros cientistas da London Schooll of Hygiene & Tropical Medicine, da Universidad Peruana Cayetano Heredia e da Northwestern University, integrantes do hub Latin-MH. Além do Brasil, fazem parte do Latin-MH o Peru, os Estados Unidos, o Equador e a Guatemala. O Latin-MH é um hub de pesquisa e treinamento de profissionais em saúde mental, com o objetivo de reduzir a lacuna de tratamentos em transtornos mentais, especialmente na atenção primária, na América Latina e no Caribe.


Leia mais em Jornal da USP
Fonte: Ivanir Ferreira/Jornal da USP

15/05/2016

Alunos da USP resgatam sonda que caiu em São Sebastião da Grama, SP


A sonda experimental lançada à estratosfera por alunos da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, neste sábado (14), atingiu o solo em São Sebastião da Grama (distante a 145 km), em uma mata próxima à cidade, 2h30 depois do lançamento.

Os estudantes de graduação da Escola de Engenharia da USP (EESC-USP) desenvolveram todo o projeto: os sensores, o programa de computador de bordo, o paraquedas e os motores do balão custaram R$ 5 mil, valor arrecadado por doações.

Capacidade de sobrevivência
A sonda levou biomoléculas e micro-organismos que vivem em condições extremas na Terra. Além de praticar o que aprenderam no curso, eles querem analisar a capacidade de sobrevivência desses organismos na estratosfera, onde o índice de radiação ultravioleta é altíssimo.

O interesse por esses micro-organismos é porque eles servem como modelos de formas de vida que podem existir em ambientes fora do planeta. Aos 30 quilômetros de altura, a baixa pressão rompeu o balão e o equipamento desceu com um paraquedas desenvolvido pelos estudantes.

Com os dados coletados pelos sensores, a equipe vai poder criar modelos e máquinas mais eficientes para avaliar a possibilidade de existir vida em outros planetas. O resultado da avaliação deve sair na próxima semana.

Importância do experimento
O trabalho é orientado pelo professor do Departamento de Engenharia Mecânica da EESC-USP Daniel Varela Magalhães. Segundo ele, é importante realizar o experimento para mostrar que existe a capacidade de construção e recuperação do módulo.

“Tudo isso tem um grande trabalho de engenharia com mérito total dos alunos. É importante que o exercício de todos os conhecimentos de engenharia adquiridos nos cursos da universidade sejam colocados em prática. Isso é um exercício fantástico da profissão que eles vão exercer no futuro”, avaliou.

Douglas Galante, pesquisador do laboratório Nacional de Luz Sincrotron no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materias (CNPEM), ressaltou que a equipe montou o experimento para testar os limites físicos da vida nessas condições.

“Mandamos uma série de microorganismos extremamente resistentes a fatores de estresse, baixa pressão, baixa temperatura, alta incidência de radiação e pouca disponibilidade de água. Basicamente um ambiente extremamente agressivo á vida e nenhum organismo normal iria sobreviver nessas condições, mas eles são capazes de sobreviver”, explicou.


Fonte: G1
Foto: Carol Malandrino/G1





14/05/2016

Sonda experimental do Grupo Zenith leva microorganismos à estratosfera



No último sábado, dia 14, às 11 horas, aconteceu o lançamento de uma sonda experimental à estratosfera, no entorno do Hangar I do Departamento da Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.

Batizado como missão Garatéa, esse evento faz parte de um projeto do grupo Zenith – formado por estudantes de graduação da EESCque realizam trabalhos extracurriculares na área de engenharia aeroespacial –, orientado pelo professor do Departamento de Engenharia Mecânica, Daniel Varela Magalhães, com a participação do engenheiro mecatrônico e ex-aluno da Escola, Lucas Fonseca, que participou da missão aeroespacial da sonda Rosetta. A proposta do grupo é desenvolver e difundir tecnologias aplicadas ao setor aeroespacial para estimular e ampliar visibilidade dessa área no Brasil.

O objetivo do lançamento da sonda – que é realizado por meio de um balão meteorológico inflado com gás hélio – é expor microrganismos extremófilos e algumas biomoléculas a condições extremas para analisar sua capacidade de sobrevivência e os danos moleculares sofridos, bem como a resiliência de moléculas candidatas a bioassinaturas, como os pigmentos biológicos.

Essa parte biológica do projeto é coordenada pelo professor do Instituto de Química (IQ) da USP, Fábio Rodrigues, em parceria com o pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Douglas Galante. O interesse em compreender a resposta desses organismos quando expostos a tais condições extremas justifica-se por eles servirem de modelos para a vida que poderia existir em ambientes diferentes da Terra, seja no Sistema Solar, seja em exoplanetas.

Durante o lançamento, a missão dos integrantes do Zenith foi assegurar que o experimento seja controladamente exposto ao ambiente severo da estratosfera, a 32 km de altitude, lidando com condições extremas muito similares às encontradas em órbita. O equipamento conta com três sensores de radiação ultravioleta e contadores de radiação ionizante, bem como sensores ordinários como barômetro, termômetro e acelerômetro. Devido à baixa pressão nessa altitude, o balão com gás hélio se romperá quando atingir o ponto esperado, e a sonda fará o retorno com segurança por meio de um paraquedas desenvolvido especialmente pelo grupo.

A missão Garatéa também fará parte do “Global Space Balloon Challenge”, um desafio organizado pela Stanford University e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) que reúne participantes do mundo inteiro, competindo em diversas categorias como: design, melhor experimento, maior altitude, maior distância horizontal viajada e melhores imagens. Para concorrerem nessa última categoria, os membros do grupo acoplarão, antes do lançamento, microcâmeras que farão o registro fotográfico durante o percurso do balão.

Fonte: Keite Marques / Assessoria de Comunicação da EESC
Foto: Divulgação

07/05/2016

“Minieclipse”: público poderá ver passagem de Mercúrio com orientação de astrônomos


O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP vai acompanhar a passagem do planeta Mercúrio pelo Sol, que acontecerá no próximo dia 9, a partir das 8h13 da manhã. Na praça em frente à entrada principal do IAG serão colocados telescópios com filtros solares para observar o fenômeno, conhecido como “Trânsito de Mercúrio”, que deverá se estender até às 15h42 da tarde. Monitores do IAG vão orientar os interessados em acompanhar a passagem do planeta pelo Sol, que também poderá ser vista em vídeo e em projeções solares

A professora Elysandra F. Cypriano, do IAG, que coordena a atividade, explica que Mercúrio é o planeta do sistema solar mais próximo do Sol, localizado a uma distância média de 58,4 milhões de quilômetros (km), ou 0,4 Unidade Astronômica (UA). A Terra, que é o terceiro planeta mais próximo do Sol, está a uma distância de 149, 6 milhões de km, ou 1 UA. “Assim como a Terra, Mercúrio gira em torno do Sol, mas faz uma órbita interna à do nosso planeta”, afirma. “Por isso, em alguns momentos, é possível observar da Terra a sua passagem pelo sol”.

“Geralmente, o Trânsito ocorre em maio ou novembro, cerca de 13 vezes por século, e a visibilidade depende do lado da Terra que estiver exposto ao Sol no momento da passagem”, conta a professora.

"Girando em torno do Sol, Mercúrio passará na frente do disco solar, como se fosse um mini-eclipse, embora a denominação oficial do fenômeno seja Trânsito de Mercúrio"

“O Brasil terá uma visão privilegiada de todo esse trânsito, desde o início até o final, pois o Sol está acima do horizonte durante todo o período”, afirma Elysandra. “Durante o trânsito, os observadores verão um pequeno círculo preto passando pelo Sol”.

A partir das 8 horas do dia 9 de maio, o IAG vai disponibilizar telescópios com filtros solares para o acompanhamento do Trânsito de Mercúrio pelo Sol. “Os filtros são necessários porque não é recomendado olhar diretamente para o Sol”, observa Elysandra. “Se não houver uma proteção adequada, a exposição aos raios solares pode provocar cegueira permanente”.

Também para evitar que os observadores encarem o Sol diretamente, durante a observação serão feitas projeções da imagem do Sol captada por luneta em um anteparo. Como há a possibilidade do céu ficar encoberto em alguns momentos, também haverá no local um monitor de televisão que exibirá as imagens do Trânsito de Mercúrio captadas por satélite pela Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. O IAG está localizado na Rua do Matão, 1.226, Cidade Universitária, São Paulo.


Foto: Christopher Go/Cebu Philippines

06/05/2016

Google seleciona estudantes de pós-graduação para 48 bolsas


No ano passado foram selecionados 12 projetos vencedores: 8 do Brasil, 2 do México, 1 da Colômbia e 1 do Chile. Um dos projetos em andamento é o da dupla formada pelo professor Gustavo Enrique de Almeida Prado Alves Batista e pelo estudante André Gustavo Maletzke da USP - São Carlos, que projetaram e fabricaram um sensor capaz de captar e processar dados de insetos, a fim de ajudar no comparte ao Aedes aegypti. Atualmente, eles estão trabalhando em protótipos.


Temas dos projetos
As propostas de bolsas para 2016 precisam estar ligadas aos seguintes campos de estudo: 
- Geografia/Mapas; 
- Interação entre Humanos e Computadores; 
- Recuperação, Extração e Organização de informações (incluindo gráficos de semântica);
- Internet das Coisas (incluindo Cidades Inteligentes); 
- Aprendizado de Máquinas e Mineração de Dados; 
- Dispositivos Móveis; 
- Processamento Natural de Idiomas;
- Interfaces Físicas e Experiências Imersivas;
- Privacidade. 

Ainda segundo a empresa, outros tópicos relacionados à pesquisa na web também serão considerados.
Candidatos interessados podem saber mais sobre o programa e como se inscrever neste link. Os vencedores de 2016 serão anunciados em agosto durante um evento em Belo Horizonte nos novos escritórios do Centro de Engenharia do Google.
Nos projetos de doutorado, o estudante receberá US$ 1.200 por mês e o orientador receberá US$ 750 por mês. Nos projetos de mestrado, o estudante receberá US$ 750 mensais e o orientador US$ 675 mensais. As bolsas serão concedidas pelo período de um ano com a possibilidade de renovação anual com o limite de dois anos, no total, para mestrado e três anos, no total, para doutorado.

Fonte: G1
Foto: Justin Sullivan/Getty Images


05/05/2016

USP cai 30 posições em ranking 'top 100' de reputação acadêmica


A Universidade de São Paulo (USP) caiu 30 posições, mas ainda aparece na lista das 100 melhores instituições de ensino superior do mundo em reputação no meio acadêmico, segundo o ranking divulgado nesta quarta-feira (4) pela instituição londrina Times Higher Education (THE).

Única entre as brasileiras no "top 100", a USP aparece neste ano no bloco entre o 91º-100º lugar, faixa em que as universidades não têm os resultados individualizados e aparecem empatadas. Em 2015, a USP aparecia na faixa entre o 51º e o 60º lugar. Em 2014, a USP estava na faixa de 81º ao 90º lugar.

TOP 10
1 - Harvard University 
2- Massachusetts Institute of Technology 
3 - Stanford University 
4 - University of Cambridge 
5 - University of Oxford 
6 - University of California, Berkeley 
7 - Princeton University 
8 - Yale University 
9 - Columbia University 
10 - California Institute of Technology

Ásia em alta
Apesar de nenhuma delas ter aparecido no top 100, as universidades da Ásia subiram posições no ranking de reputação. O continente tem 18 instituições no ranking, contra 10 no ano passado. Neste ano, a Universidade de Tóquio aparece no 12º lugar, enquanto as chinesas Tsinghua University e a Peking University aparecem em 18º e 21º, respectivamente.
No ano passado, Japão e China tinham duas instituições de cada país no ranking. Agora, cada um tem cinco representantes. Em contrapartida, universidades europeias perderam espaço, segundo os organizadores do ranking. Quatro das seis alemãs e quatro das cinco holandesas que seguem no ranking caíram posições. O Reino Unido continua com a maior representação, somando 10 universidades no ranking, sendo que sete também tiveram pior desempenho neste ano.

Metodologia
O ranking foi elaborado a partir da opinião de 10.323 acadêmicos convidados pela pesquisa, de 133 países diferentes. Eles responderam um questionário e listaram quais as 15 melhores universidades em pesquisa e em ensino. Cada um devia avaliar as instituições de acordo com a disciplina que leciona: um professor de física, por exemplo, deu seu parecer somente sobre a qualidade dos cursos de física pelo mundo. As universidades mais citadas ficaram no topo do ranking: Harvard foi a que mais apareceu nas respostas dos especialistas, por isso ocupa o primeiro lugar.
Dos especialistas ouvidos, 33% são da Ásia, 27% da Europa Ocidental, 19% da América do Norte, 11% da Europa Oriental, 6% da América Latina, 3% do Oriente Médio e 2% da África. Os estudiosos fazem um cálculo para que os continentes estejam na proporção correta quanto ao número de acadêmicos no mundo. O ranking ordena as 50 universidades com melhor reputação e, em seguida, passa a agrupá-las em grupos de 10, por ordem alfabética.

Fonte G1
Foto: USP

01/05/2016

USP desenvolve material que evita danos a células sadias na radioterapia


Pesquisadores da USP em Ribeirão Preto (SP) desenvolveram um material capaz de identificar com precisão a intensidade de radiação emitida pelos equipamentos de radioterapia. O estudo, publicado esse mês em uma revista científica inglesa, deve tornar o tratamento contra alguns tipos de câncer mais seguro e eficaz.

O professor e orientador da pesquisa, Osvaldo Baffa Filho, explica que atualmente existem técnicas que ajudam os profissionais de saúde a calcular a quantidade de radiação emitida pelos equipamentos, de acordo com o tipo e a agressividade de câncer a ser combatido.

Apesar disso, muitas vezes os pacientes têm órgãos ou tecidos saudáveis afetados pelas ondas eletromagnéticas durante as sessões, causando queimaduras e destruição de células sadias, justamente porque os técnicos não conseguem “regular” os aparelhos com precisão.

“É diferente de fazer quimioterapia, em que você pega a dose de remédio, o paciente toma ou injeta, e você sabe o quanto está colocando. Na radioterapia você usa uma radiação ionizante que é invisível, e você tem que fazer com que essa radiação chegue até o tumor”, detalha.

O estudo começou há três anos e, nesse período, os pesquisadores desenvolveram um material composto por óxido de magnésio, acrescido dos elementos químicos lítio, cério e samário, capaz de acumular a radiação emitida pelos aparelhos de radioterapia.

“Essa tecnologia permite que a gente faça um filme, como se fosse uma chapa de raio-x, que vai mostrar qual a dose em cada ponto atingido pela radição. A gente vai conseguir fazer como se fosse uma fotografia em tempo bastante rápido, praticamente imediato”, diz.

Autor do estudo, o físico Luiz Carlos Oliveira afirma que o material já foi patenteado. O próximo passo é o desenvolvimento tecnológico, ou seja, buscar empresas que tenham interesse em transformar a substância em um produto comercial.

“Desenvolvemos a parte mais difícil, que é o elemento detector. Agora, cabe à indústria dar sequência. Com esse material faremos um controle de qualidade das máquinas. Então, verificar se o que foi planejado pelo médico realmente foi ou será entregue ao paciente”, afirma.

Para o radioterapeuta Harley Francisco de Oliveira, professor da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão, a descoberta deve promover mais segurança ao tratamento radioterápico e qualidade de vida aos pacientes com câncer.

"O grande objetivo da medicina é levar a cura, sem os trantornos, os efeitos colaterais das toxicidades dos tratamentos e, principalmente, da radioterapia, que geralmente são reações sérias. Evidentemente, estamos promovendo benefícios a esses pacientes", afirma.

Veja a reportagem em G1

Fonte: G1
Foto: Maurício Glauco/EPTV

27/04/2016

Ouvido submarino pode ajudar a monitorar áreas preservadas

No Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, distante 42 quilômetros da costa, é proibido pescar. O local serve para reprodução de organismos aquáticos e permite-se apenas o mergulho com guias em dias e horários delimitados.
Como essa determinação nem sempre é seguida, a equipe do professor Linilson Padovese usa o local para testar um equipamento autônomo de monitoramento acústico submarino instalado no fundo do mar, desenvolvido no Laboratório de Dinâmica e Instrumentação (Ladin) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
“Detectamos, por exemplo, o ruído dos motores dos barcos entre 20h30 e 23 horas. Os pescadores chegam, desligam o motor, demoram de duas a três horas e vão embora”, diz Padovese.
O equipamento é composto por um hidrofone, uma espécie de microfone especial para captar ondas sonoras embaixo d’água, além de um conjunto eletrônico de gravação e baterias.
“O teste na Laje de Santos foi um dos primeiros experimentos que realizamos com o aparelho”, diz Padovese. Tudo começou quando o pesquisador pensava em estudar o processamento de sinais acústicos marinhos, uma área ainda incipiente no Brasil.
“O problema é que não existe fábrica de hidrofones e de equipamentos para hidroacústica no país e, no exterior, os aparelhos custam entre US$ 5 mil e US$ 30 mil, dependendo da configuração e uso.” Outro empecilho é que os hidrofones mais sofisticados, por terem uso militar em navios e submarinos, sofrem restrição comercial, precisando da autorização de venda dos governos onde estão as fábricas.
Padovese decidiu então desenvolver tecnologia própria nessa área. “Projetamos um gravador eletrônico, de baixíssimo consumo de energia, que registra os sons em cartões SD, iguais aos de câmeras fotográficas, que é instalado com pilhas alcalinas em um recipiente cilíndrico vedado”, explica.
“Fizemos alguns exemplares que foram cedidos, em parceria, para grupos de pesquisa e estamos monitorando experimentalmente a Laje de Santos e Alcatrazes [arquipélago no litoral norte paulista integrante da Estação Ecológica Federal Tupinambás, onde também não é possível pescar e navegar nas proximidades].”
Esses últimos possuem quatro cartões SD com capacidade para 128 gigabytes (GB) cada e pilhas para uma autonomia de até cinco meses de monitoramento contínuo. “O equipamento pode ser programado para realizar uma gravação contínua ou agendada”, diz.
Com essa estratégia, é possível manter o equipamento embaixo d’água por até um ano. O aparelho foi testado em relação à vedação em até 300 metros de profundidade, mas a instalação e a retirada na Laje de Santos e em Alcatrazes foram realizadas por mergulhadores a 20 metros.
Para o gestor do Parque da Laje de Santos, José Edmilson Mello Júnior, o hidrofone mostrou-se importante para a fiscalização e proteção ambiental. “O local é uma unidade de conservação de proteção integral e se a fiscalização parar um barco, mesmo que esteja apenas passando com apetrechos de pesca, os ocupantes podem ter os equipamentos apreendidos e recebem multa”, explica Mello Júnior.
Leia a reportagem completa em: revistapesquisa.fapesp.br/2016/04/19/sons-submarinos .
Fonte: Marcos de Oliveira/AGÊNCIA FAPESP
Foto: Lúcio Júnior/Poli-USP

26/04/2016

Pós-doutorado no Instituto de Física da USP com Bolsa da FAPESP


O Laboratório de Cristais Iônicos, Filmes Finos e Datação do Instituto de Física da Universidade de São Paulo oferece oportunidade para uma bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP, com duração de um ano.
A pesquisa está vinculada ao Projeto Temático “Geocronologia do quaternário da costa Sudeste e Sul do Brasil”, apoiado pela FAPESP e coordenado pelo professor Shigueo Watanabe.
Segundo Watanabe, datações de sedimentos geológicos pelos métodos de LOE (Luminescência Opticamente Estimulada), TL (Termoluminescência) e EPR (Ressonância Paramagnética de Spin) serão realizadas de várias amostras retiradas da costa Sul e Sudeste do litoral brasileiro, visando entender as formações de terraços, barreiras e outros face às flutuações do nível do mar no passado.
Candidatos devem ter conhecimentos em Física da Matéria Condensada, Engenharia de Materiais, dosimetria da radiação, análises espectroscópicas, métodos analíticos, métodos de datação e ensaio de materiais, além de experiência em datação, proteção radiológica, trabalhos de laboratório, desenvolvimento de trabalhos em grupo e orientação. Também é exigida fluência em inglês.
Interessados podem se inscrever até o dia 30 de abril de 2016. Mais informações estão disponíveis emwww.fapesp.br/oportunidades/1087.
O selecionado receberá bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 6.819,30 mensais e Reserva Técnica. A Reserva Técnica da bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio-Instalação.

Foto: Wikimedia Commons
Fonte: Agência Fapesp

25/04/2016

Pós-Doutorado em Neuroanatomia na USP


Até o próximo dia 29, o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) recebe inscrições para uma vaga de Pós-Doutorado com bolsa da FAPESP.
O bolsista selecionado atuará no Laboratório de Neuroanatomia Funcional, junto à equipe do Projeto Temático Bases Neurais do medo e agressão, coordenado pelo professor Newton Canteras.
A equipe demonstrou recentemente que a inativação da parte ventral do núcleo anteromedial do tálamo (AMv) abole a aquisição da memória de medo relacionada a um predador e que lesões neuroquímicas centradas em áreas do córtex pré-frontal medial (CPFm) que recebem projeções do AMv – área pré-límbica (PL) e área cingulada anterior (ACA) – geram déficits acentuados no processamento da memória emocional.
Neste projeto, os pesquisadores investigarão se as áreas PL e ACA estão envolvidas na aquisição da memória de medo e, para tanto, irão propor o uso de técnica farmacogenética para silenciar a atividade neuronal antes da exposição ao predador (experimento 1).
Em seguida, examinarão o padrão de projeção dos neurônios ativos das áreas PL e ACA na aquisição da memória de medo, utilizando animais geneticamente modificados (experimento 2).
Uma vez realizado esse rastreamento funcional dos campos terminais do CPFm potencialmente envolvidos na aquisição da memória de medo, os alvos mais ativos do CPFm serão silenciados com técnica optogenética para averiguar a sua participação na aquisição da memória durante a exposição ao predador (experimento 3).
Serão empregadas estratégias com manipulação funcional das vias neurais envolvidas no paradigma de exposição ao predador, um dos modelos animais mais fidedignos para reproduzir experimentalmente efeitos sistêmicos residuais observados em pacientes que sofrem de estresse pós-traumático.
Para mais informações sobre o estudo e o processo de seleção, é necessário contatar o professor Canteras via e-mail:newton@icb.usp.br.
A oportunidade está publicada no endereço www.fapesp.br/oportunidades/1072.
O selecionado receberá bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 6.819,30 mensais e Reserva Técnica. A Reserva Técnica da bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio-Instalação.
Fonte: Agência Fapesp
Imagem: Marcos Santos/USP

23/04/2016

USP e Samsung vão capacitar desenvolvedores de aplicativos



A Escola Politécnica (Poli) da USP acaba de ganhar um novo laboratório voltado para o desenvolvimento de tecnologias, principalmente nas áreas de comunicação móvel (celular), internet das coisas (conexão entre os aparelhos usados do dia a dia à rede mundial de computadores), realidade virtual e games. A cerimônia de inauguração aconteceu na manhã desta quinta-feira (14 de abril) na Poli.

O laboratório é uma parceria com o projeto Ocean Samsung, idealizado pela empresa para oferecer infraestrutura e capacitação tecnológica a diversos públicos: estudantes, desenvolvedores e interessados em geral. A primeira unidade do Ocean foi instalada em 2014, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

O espaço será utilizados tanto pela USP quanto pela empresa: haverá atividades dos cursos de graduação e pós-graduação da Poli, e treinamentos gratuitos para o público externo. Esses cursos serão promovidos pela Samsung para incentivar empreendedores e criação de startups (empresas para soluções inovadoras).

O Ocean fica em um prédio do Departamento de Engenharia de Produção da Poli que foi reformado e equipado pela Samsung com móveis, aparelhos de TI, como computadores, smartphones, Smart TV (televisão com acesso à internet), hardwares, sensores etc.

“A infraestrutura do Ocean irá apoiar as aulas dos cursos de graduação da Poli que precisam de laboratórios e estejam relacionadas a essas tecnologias”, explica Eduardo Zancul, professor da Poli e coordenador do laboratório Ocean.
Zancul acredita que o acesso a hardwares e o conhecimento da Samsung sobre tecnologias, como a internet das coisas, permitirá a ampliação das pesquisas do Departamento de Engenharia de Produção da Poli. Ele cita como exemplo uma tendência na área industrial de máquinas com sensores comandarem os processos de produção e “conversarem” entre si.
“Isso é a chamada indústria 4.0 ou quarta revolução industrial. Essa tecnologia é baseada na internet das coisas que será desenvolvida no laboratório e possibilitará avançarmos nossas pesquisas com esse tema”.

Guilherme Selber, gerente do Ocean São Paulo, também destacou que a tecnologia de internet das coisas será tema de atividades desenvolvidas em conjunto com a USP. “A Samsung tem uma perspectiva de conexão de tudo que ela produz nos próximos anos, ou seja, todos os dispositivos se conectando entre eles e as pessoas, e é um tema muito atual na Poli e em outras unidades da USP. Percebemos uma sinergia muito grande nesse assunto”.

Entre os equipamentos produzidos pela empresa estão celulares, tablets, wearables (aparelhos de comunicação “vestíveis”), televisores, câmeras fotográficas, computadores, impressoras, suprimentos, refrigeradores, lavadoras, ar-condicionado.


Ocean
Selber explica que o conceito do projeto surgiu na Coreia do Sul, país de origem da Samsung, entre 2010 e 2014. Além do país asiático, apenas o Brasil possui unidades do Ocean. “A ideia é ser um polo de atração de parceiros, como estudantes, desenvolvedores, empresas (startups na maioria dos casos) para promoção de tecnologias e ferramentas de desenvolvimento a serem aplicadas em soluções para os nossos equipamentos”.
O Ocean instalado na Poli possui dois laboratório, cada um deles com capacidade para 40 pessoas, podendo ser integrados para um único ambiente; um miniauditório para 30 pessoas; uma sala para técnicos de Tecnologia da Informação (TI); sala para servidores; e uma área de convivência.

A empresa não informa os valores gastos com a implantação do projeto por questões de políticas globais, mas a assessoria de imprensa da Samsung informou que o Ocean faz parte da sua política de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e possui recursos da Lei da Informática. Uma lei que concede incentivos fiscais para empresas produtoras de alguns hardwares específicos. O incentivo concedido é uma diminuição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Como contrapartida, a empresa deve investir um percentual de seu faturamento decorrente dos produtos incentivados em atividades de P&D.

A instalação do Ocean na universidade foi realizada por meio do programa “Parceiros da Poli”, um projeto que permite empresas de realizar doações para melhorias da infraestrutura da unidade.

Cursos gratuitos
Além das atividades de graduação e pós-graduação da USP, o espaço dos laboratórios também poderá ser utilizado pela população por meio de cursos oferecidos gratuitamente pela Samsung.
Segundo Selber, são basicamente dois programas. Os de curta duração — de 3 a 4 horas — com aulas teóricas, de laboratório e mentorias dadas por técnicos da empresa. Esses cursos abrangem temas desde desenvolvimento de aplicativos a modelos de negócios para a criação de startups. “Esses cursos serão divulgados no site e no aplicativo do Ocean Samsug, as pessoas fazem a inscrição e participam gratuitamente, além de receber certificado”.

Já o programa de longa duração – de 5 a 6 meses – requer processo seletivo e é destinado a grupos ou startups que possuem ideias interessantes e estão começando a empreender. São selecionados 8 a 10 equipes, compostas por no máximo seis pessoas, a ideia é que o curso seja uma pré-aceleração.

“Damos os primeiros passos para a criação de uma startup, explicamos o que é uma ideia e se ela é boa ou não, modelo de negócio, plano de monetização, público, mercado, concorrentes etc. E como somos empresa de tecnologia, ensinamos como desenvolver aplicativo e os grupos saem desse processo com um protótipo funcional”, avisa Selber.

Fonte: Hérika Dias / Agência USP de Notícias
Foto: Joelma Sanmelo / Divulgação UEA

07/04/2016

Relatório mostra como o IML contribuiu com o regime militar




Entre 1969 e 1976, o Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo – ligado à Secretaria de Segurança Pública – expediu pelo menos 51 laudos necroscópicos falsos, referentes aos corpos de opositores do regime militar então em vigor no Brasil, entre eles o do estudante de Geologia da USP Alexandre Vanucchi Leme, o do jornalista e professor da USP Vladimir Herzog e o do operário Manoel Fiel Filho. As mortes desses opositores – ocorridas por causa de torturas sofridas nas prisões mantidas pelo regime – foram justificadas, naqueles laudos, por outras razões, normalmente suicídio ou atropelamento. Os documentos trazem as assinaturas de médicos-legistas como Abeylard de Queiroz Orsini, Harry Shibata – ainda vivos –, Isaac Abramovitc, Orlando José Bastos Brandão e Paulo Augusto de Queiroz Rocha.

Essas informações constam do relatório intitulado “Assassinato de Opositores Políticos no Brasil – Laudos falsos e fraudes praticadas por legistas no Instituto Médico-Legal de São Paulo durante a ditadura civil-militar”, elaborado pela Comissão da Verdade da Associação Paulista de Saúde Pública (APSP). Finalizado em setembro de 2014 e entregue à Comissão Nacional da Verdade (CNV) – que o anexou ao seu próprio relatório, entregue no dia 10 de dezembro de 2014 à presidente Dilma Rousseff –, ele foi apresentado ao público acadêmico no dia 31 de março passado, durante debate realizado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, intitulado “Percursos da Memória e da História da Saúde Pública em São Paulo – Das fraudes do IML à (des)memória pública”.

“Esse relatório sobre o IML nunca havia sido divulgado à comunidade acadêmica, especialmente à Faculdade de Saúde Pública da USP”, afirma o professor Carlos Botazzo, docente da FSP e organizador do debate, que foi também o coordenador da Comissão da Verdade da APSP. “É muito importante retomar a memória do que aconteceu na saúde pública em São Paulo e punir os culpados.”

Com base no livro Dossiê Ditadura – Mortos e desaparecidos políticos no Brasil, de 2009, que relaciona 436 vítimas da ditadura – 257 mortos e 179 desaparecidos –, o relatório dá detalhes de 51 casos, ocorridos no Estado de São Paulo, em que é possível comparar o laudo oficial com o parecer de legistas feito a pedido da Comissão de Familiares de Presos e Desaparecidos Políticos. “É uma lista inédita para a nossa sociedade”, afirma Botazzo.

Laudo falso atestou morte de Vladimir Herzog

Decretado em 13 de dezembro de 1968, o Ato Institucional número 5 (AI-5), suspendeu as garantias individuais no Brasil e provocou o endurecimento do regime militar, que passou a perseguir militantes de esquerda contrários ao governo, prendendo, torturando e matando opositores.

Segundo o relatório da Associação Paulista de Saúde Pública (APSP), apresentado no dia 31 de março na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, tornou-se prática comum, na época, que os Institutos Médico-Legais (IMLs) respaldassem as ações dos órgãos de segurança do regime através da elaboração de laudos fraudulentos, confirmando a versão oficial para a morte de adversários políticos.

É o caso, por exemplo, da morte do jornalista Vladimir Herzog, em 25 de outubro de 1975, citada no relatório. Jornalista da TV Cultura e professor do curso de Jornalismo da USP, Herzog morreu vítima de torturas sofridas no Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo. De acordo com os militares, o jornalista teria se enforcado com o cinto do macacão de presidiário que vestia ao dar entrada na prisão. Essa versão está no laudo assinado pelos médicos-legistas Harry Shibata, Arildo de Toledo Viana e Armando Canger Rodrigues, do IML de São Paulo. “A farsa foi desmascarada pelo testemunho de seus companheiros de prisão, Rodolfo Konder e Jorge Benigno Jathay Duque Estrada, que ouviram seus gritos, o barulho das pancadas e as ordens do torturador para aplicação de choques”, lê-se no relatório da APSP. Em 2014, a família de Herzog recebeu novo atestado de óbito, constatando sua morte sob tortura.

O mesmo falso cenário foi armado na morte do operário Manoel Fiel Filho, também citado no relatório. De acordo com a versão oficial, Fiel Filho se enforcou na cela onde estava preso, no dia 17 de janeiro de 1976, usando as próprias meias. Embora seu corpo apresentasse sinais evidentes de torturas e hematomas generalizados, os médicos-legistas José Antonio Mello e José Henrique da Fonseca atestaram morte por enforcamento.

“Foi um trabalho extremamente doloroso e desgastante, pelo conteúdo dos relatos. Porém, considerou-se fundamental que fosse divulgado e conhecido pela sociedade, para que a justiça seja feita e que esses fatos nunca mais se repitam”, escrevem os autores do relatório, na apresentação do trabalho, que levou dois anos para ser finalizado. Segundo eles, a divulgação do relatório busca também inspirar pessoas e entidades a promover ações concretas de repúdio ao acobertamento dos crimes cometidos durante a ditadura militar. “Espera-se ainda que este trabalho resulte em medidas efetivas de condenação desses médicos-legistas que envergonham o setor médico.”


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Fonte: USP Notícias
Foto: Reginaldo Manente / AE