31/03/2016

Astrônomos brasileiros descobriram a primeira estrela com atmosfera composta de 99,99% de oxigênio


A equipe comandada por Souza Oliveira Kepler da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) identificou um novo tipo de estrela que até então só havia sido considerada hipoteticamente: uma estrela antiga que viveu muito tempo, sua camada externa é agora composta quase inteiramente de oxigênio puro.

Quando as estrelas são relativamente pequenas - aquelas com menos de 10 vezes a massa do nosso Sol - Ao chegar próximo do fim da sua vida útil, elas perdem as camadas exteriores e tornam-se o que são conhecidas de anãs brancas. Com alta gravidade, os elementos mais pesados descem ao núcleo da estrela enquanto os elementos mais leves como hidrogênio e hélio sobem para a superfície. 

A estrela chamada de SDSS J124043.01 + 671.034,68. Os astrônomos descobriram que sua atmosfera exterior é essencialmente composta de 99,99% de oxigênio. Apenas traços de outros elementos foram detectados, como neon, magnésio e silício.

Em qualquer caso, esta estrela dominada pelo oxigênio é um verdadeiro isolado em termos dos corpos solares que conhecemos, sendo a única estrela entre cerca de 32.000 anãs brancas com tal atmosfera de oxigênio.

"Esta anã branca foi incrivelmente inesperada", diz Kepler . "E como não tínhamos ideia de qualquer coisa como ista poderia existir, o que tornou ainda mais difícil de encontrar."

As conclusões são relatados na Science.

A white dwarf with an oxygen atmosphere
S. O. Kepler1,*, Detlev Koester2, Gustavo Ourique1
1Instituto de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 91501-900 Porto Alegre, RS, Brazil.
2Institut für Theoretische Physik und Astrophysik, Universität Kiel, 24098 Kiel, Germany.

Fonte: Peter Dockrill/Science Alert
Imagem: Sciencepics/Shutterstock.com

Filhote de espécie brasileira ameaçada de extinção nasce em Bauru


Um filhote de tamanduá Bandeira, uma das espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção, nasceu dia 14 de março no zoológico de Bauru (SP).
Em 2014, o Zoo Bauru inaugurou seu novo alojamento para tamanduá Bandeira (Myrmecophaga tridactyla), que é a maior das quatro espécies de tamanduás existentes em nosso continente. Segundo o diretor do Zoo, Luiz Pires, por se tratar de uma espécie da lista de ameaçados de extinção, o objetivo do zoológico foi de adotar a instalação necessária para que a reprodução da espécie pudesse ocorrer.
São mais de 350m² de área livre, grama, arbustos, árvores, tanque para banho, toca. Um alojamento para o bem-estar do animal. Após dois anos da nova instalação, nasceu o segundo filhote, o que demonstra a importância dos bons zoológicos modernos em auxiliarem na conservação das espécies.
Por terem hábito solitário, é tomado o cuidado de manter a fêmea na maternidade, separada do macho, até que o filhote, que por alguns meses só se mantém grudado nas costas da mãe, esteja maior, e assim, seja evitado qualquer tipo de acidente.
A expectativa da direção do Zoo é que entre 30 e 45 dias, o filhote já possa ser admirado por todos os visitantes, caminhando agarrado na mãe pelo seu alojamento.

Foto: Zoológico/Divulgação
Fonte: G1 Bauru

Museu da Vida leva exposição 'Vias do Coração' para Minas Gerais

A exposição Vias do Coração cumpre temporada a partir de abril na cidade de Timóteo, em Minas Gerais. A iniciativa, fruto da parceria entre o Museu da Vida da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e o Grupo Sanofi, conta com o apoio local da Fundação Aperam. Criada em 2008, a mostra atraiu até hoje público estimado em 150 mil pessoas. Inspirada em modelos adotados por museus internacionais de ciências, a Vias do Coração é organizada em formato compacto, possui linguagem acessível e dialoga com toda a família. A exposição combina conteúdo, jogos eletrônicos, atrações e atividades monitoradas para divulgar o conhecimento sobre o coração e estimular a prevenção das doenças cardiovasculares. Para atrair tanto o público jovem quanto a população adulta, a mostra foi estruturada em nove estações de forma lúdica.
Nas estações periféricas, o visitante recebe informações sobre a anatomia e o funcionamento do coração, o sistema circulatório e os principais elementos constituintes do sangue. Ricamente ilustrado, o conteúdo é distribuído por painéis, terminais com testes multimídia, vídeos, bancadas de microscópios, além da apresentação de modelos anatômicos por monitores. Crianças e adultos podem se divertir calculando quantas vezes o coração já bateu desde o nascimento ou conferir como se comporta a pressão arterial em várias situações do dia a dia. Um coração gigante mostra os batimentos cardíacos em diferentes frequências; os sons ampliados foram cedidos pelo Museu de Ciência e Indústria de Chicago. Além disso, é possível assistir a vídeos educativos da agência americana The Visual MD, especializada em escaneamento do corpo humano em 3D.

A estação central apresenta um dos maiores inimigos da saúde cardiovascular: a hipertensão. Ilustrações retratam situações do dia a dia e chamam a atenção do público sobre a importância de se controlar a pressão arterial. Incorporam conceitos com algumas retrospectivas e curiosidades históricas. O objetivo é conferir ao conteúdo um tratamento mais humanizado. Outra atração é a Estação Diabetes, que aborda um importante fator de risco à saúde do coração. Ela é composta por três módulos com informações sobre prevenção, controle e consequências do diabetes e dicas para melhorar a qualidade de vida do paciente. Um modelo interativo mostra o impacto do diabetes no corpo humano. É possível entender as diferenças entre diabetes tipo 1 e tipo 2, saber o que é pré-diabetes ou hipoglicemia e por que é fundamental cuidar dos pés do paciente com a doença. Chamando atenção ainda para a alimentação e os exercícios como forma de prevenção e para controle do diabetes, Vias do Coração oferece subsídios para compreender o processamento da glicose no organismo. E uma retrospectiva histórica fala da importância da descoberta da insulina na medicina e na vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Vídeos complementam o tema sobre o metabolismo da glicose em pessoas com e sem a doença.
Sanofi - Presente no Brasil há mais de 50 anos, a subsidiária é uma das maiores filiais do Grupo Sanofi e uma das mais importantes operações nos chamados mercados emergentes. A Sanofi Brasil mantém uma ampla agenda de programas sociais e institucionais, com investimentos anuais da ordem de R$ 8 milhões, apoiando cerca de 20 programas de longo prazo. Essas iniciativas têm foco na prevenção, educação e humanização dos tratamentos. Para saber mais, visite www.rsc.sanofi.com.br.
Fundação Aperam 0 Criada em junho de 1994, a Fundação Aperam Acesita é uma instituição privada, sem fins lucrativos, cuja missão é promover o desenvolvimento integrado e sustentável das comunidades onde a Aperam South America mantém suas principais atividades. Presente nas regiões do Vale do Aço, especialmente em Timóteo, e no Vale do Jequitinhonha, atua em parceria com órgãos públicos, instituições nacionais e internacionais, por meio de programas próprios ou patrocinando projetos aprovados em leis estaduais e federais e promovendo o desenvolvimento das pessoas e da sociedade. Suas ações abrangem quatro áreas – Educação, Cultura, Meio Ambiente e Promoção Social, que trabalham juntas, em propostas multidisciplinares e complementares.
A sede da Fundação Acesita foi construída na década de 1950 e abrigava originalmente empregados de outras cidades que trabalhavam na Acesita. Construído em estilo neoclássico, o prédio que abriga as instalações da Fundação preserva várias características originais. Além da área administrativa, o espaço conta com um bosque e um centro cultural que mantém um museu da empresa, espaço para exposições e eventos diversos e um teatro que recebe apresentações das mais variadas.
Fiocruz - Com 115 anos, a Fiocruz possui como principal meta a produção de ciência para a saúde pública brasileira, com ênfase na inovação, tanto tecnológica quanto social. Aids, dengue, febre amarela, malária, leishmaniose, Chagas, hanseníase e tuberculose são alguns exemplos de doenças que estão na mira da Fiocruz e são temas de projetos desenvolvidos pela instituição. Os estudos incluem pesquisa biomédica, clínica e epidemiológica, assim como aspectos históricos e sociológicos. Novas tecnologias, como genômica, proteômica e células-tronco, também fazem parte do trabalho da Fundação, que se destaca, ainda, nos debates sobre bioética, na promoção do aleitamento materno, nos estudos sobre mudanças climáticas e no enfrentamento da violência, entre outros assuntos da atualidade.
A Fiocruz incorporou entre as suas melhores tradições o trabalho pela promoção das condições de vida de populações e grupos sociais carentes e desassistidos. A instituição desenvolve diversos programas de promoção social, gerando empregos, renda e profissionalização para comunidades pobres da sua vizinhança, ajudando na profissionalização, ressocialização e educação de jovens que viviam nas ruas, incorporando ao mercado de trabalho e proporcionando formação profissional a deficientes auditivos, entre várias outras ações de inclusão social.
Serviço
Exposição Vias do Coração
Inauguração: 7 de abril, às 9h
Temporada: de 8 de abril a 8 de maio de 2016
Local: Fundação Aperam
Endereço: Alameda 31 de Outubro, 500
Centro - Timóteo - MG
Entrada franca
Fonte: Haendel Gomes (COC/Fiocruz)

Start-up francesa usa bactérias para iluminar fachadas e ruas sem gastar eletricidade




Micro-organismos modificados com genes de lulas bioluminescentes são colocados em invólucros orgânicos e colados em lojas, prédios, pontos de ônibus e placas de sinalização.


Uma startup francesa desenvolveu um sistema de iluminação que usa bactérias modificadas geneticamente que se tornarem "luminosas".
O objetivo da startup Glowee é utilizar esse método - que não consome eletricidade - para iluminar vitrines de lojas, fachadas de prédios, monumentos e outros espaços públicos, além de mobiliário urbano, como pontos de ônibus e placas de sinalização.
"A ideia surgiu após assistirmos a um documentário sobre os peixes das profundezas marinhas que produzem sua própria luz", disse à BBC Brasil Sandra Rey, cofundadora da Glowee. Na época, ela era estudante de design.
A empresa utiliza a bioluminescência (emissão de luz por seres vivos, resultante de uma reação química provocada por um gene) para produzir iluminação.
As bactérias (não patogênicas nem tóxicas) que recebem o gene de luminescência de lulas são cultivadas em uma solução com nutrientes e açúcar para se multiplicar.
Os microrganismos vivos e geneticamente modificados são depois colocados em uma espécie de "lâmpada": invólucros de resina orgânica que podem ter várias formas e também são adesivos, o que permite fixá-los à superfície que será iluminada.
A luz obtida com esse método é mais fria e mais suave. "Não vamos substituir a iluminação pública de ruas porque nossa luz é fraca", diz Rey.
Ela ressalta que o sistema da Glowee contribui, com sua luz de baixa intensidade, para diminuir a "poluição luminosa nas cidades", além da vantagem ecológica de não utilizar energia elétrica, reduzindo as emissões de CO2.
Vitrines
No entanto, a vida útil do sistema de iluminação, por enquanto, é de apenas três horas, segundo Rey. É por isso que até o momento a luz produzida pelas "bactérias luminosas" tem sido utilizada apenas em instalações e eventos efêmeros, como festas, por exemplo.
"Devemos atingir a duração de um mês de iluminação neste ano", diz ela, que prevê obter prazos mais longos no futuro. Segundo a Glowee, a iluminação começará a ser utilizada em vitrines de lojas na França a partir do início de 2017.
Como a luz produzida não é elétrica, não desrespeitará a lei, em vigor na França desde 2013, que proíbe a iluminação de butiques e escritórios à noite.
O governo francês aplicou a medida para reduzir o consumo de energia e de emissões de gás carbônico. Há exceções, no entanto, em épocas de festas como o Natal e em áreas com forte atividade turística e cultural.
A próxima etapa da Glowee, a partir de 2018, serão as fachadas de prédios e mobiliário urbano. Os clientes, prefeituras ou empresas, pagarão assinaturas para que a iluminação seja renovada cada vez que as bactérias deixarem, após um período, de emitir luz.
Rey afirma que também prevê exportar o sistema de iluminação. "Há países na Europa onde a eletricidade é mais cara do que na França. Também queremos equipar áreas remotas em países emergentes, onde há menos recursos", diz a fundadora da Glowee.
A startup recebeu investimentos privados e subvenções públicas para desenvolver seus projetos e também ganhou um prêmio do polo francês de biotecnologia Genopole, um dos maiores da Europa.

Fonte: Daniela Fernandes / BBC Brasil
Foto: BBC

Fenômeno da web, 'Carreta Furacão' ganha game desenvolvido no AM


Com milhões de visualizações em vídeos no YouTube, o 'trenzinho' que anima festas infantis chamado de "Carreta Furacão" viralizou como "meme". A união tão irreverente de personagens como Fofão, Mickey, Popeye e Capitão América dançando diversos ritmos musicais ficou na memória da internet e uma universidade do Amazonas criou um jogo baseado na turma para a plataforma Android.
A coordenadora do laboratório de games da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Cristina Araújo, contou que ideia de "Carreta Furacão: The Legend" surgiu de um dos alunos do curso, Eduardo Lira, que, ao ver um GIF que sugeria um jogo 'pixelizado' da trupe de Ribeirão Preto, decidiu levar o projeto adiante. Lançado na segunda-feira (29), o jogo conta com quase 1 mil comentários na Google Play Store.

"Nós sempre incentivamos os alunos a trazerem suas próprias ideias, e ele tinha visto esse vídeo. Apesar do 'meme' ser antigo, não sabíamos que teríamos tanta repercussão. O jogo foi criado em uma semana, por meio de um processo onde acompanhamos a concepção, desenvolvimento até o lançamento no mercado".

O jogo é uma corrida, ao estilo "infinity run",  que os personagens precisam realizar até alcançarem a Carreta Furacão. Pelo caminho, diversos obstáculos tentam impedir os personagens e, a cada falha, um tem que sair do grupo. A trilha sonora que acompanha a trupe tambem é inspirada em um dos vídeos com mais visualizações, onde é tocada a música "Vem Dançar o Mestiço", de Leandro Lehart.
Após ver um GIF que simulava um jogo da "Carreta" e realizar uma rápida pesquisa, o estudante do curso de licenciatura em informática, Eduardo Lira, de 19 anos, descobriu que o game ainda não havia sido criado. Em vez do GIF, que mostrava apenas o personagem "Fofão" pulando obstáculos, o estudante decidiu englobar todo o grupo no jogo.
"Para o cenário, eu decidi seguir a mesma cartilha de onde os vídeos foram gravados, tentando passar ideia de uma cidade simples. A trilha sonora é da música 'Vem Dançar o Mestiço', eu modifiquei um pouco o áudio para que as pessoas sentissem uma rápida identificação. Os obstáculos também são baseados nos vídeos, como o ciclista que atropelou um dos integrantes", explica.

O estudante também disse que a volta da compartilhação do "meme" nas redes sociais foi um dos fatores para apostar no projeto. "Apesar de antigo, as pessoas voltaram a compartilhar com mais intensidade nas redes sociais, então, eu decidi ir em frente", disse.
O jogo está disponível na plataforma Android e requer a versão 2.3 ou superior. O tamanho do app é de 22 megas.

UEA Games Lab
A página da UEA Games Lab conta com mais de 30 games publicados na Google Play Store. Um dos processos, implantados pela professora Crsitina Araújo, tenta desenvolver o game em apenas uma semana.
"Entrei em junho do ano passado e implantei o processo. Desde lá já, já foram 17 jogos publicados", afirmou a coordenadora do Laboratório de Jogos e Entretenimento Digital da UEA.

O Lab também tem página no facebok, onde é possível acompanhar as pesquisas desenvolvidas.

Fonte: Sérgio Rodrigues/G1
Imagem: Divulgação

USP denuncia pesquisador que criou a 'pílula do câncer' por curandeirismo


A Procuradoria da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, denunciou à Polícia Civil o químico Gilberto Chierice, pesquisador que desenvolveu a fosfoetanolamina sintética, a chamada 'pílula do câncer', nos laboratórios do Instituto de Química. A universidade alega que ele cometeu crime de curandeirismo, que é a prática de prescrever, ministrar ou aplicar substância para cura de doenças.

O pesquisador foi chamado para prestar depoimento na delegacia na tarde desta quarta-feira (30). A USP foi procurada, mas não se manifestou sobre o assunto até a publicação da reportagem. Chierice preferiu não comentar a denúncia.

Desenvolvida para o tratamento de tumor maligno, a substância é apontada como possível cura para diferentes tipos de câncer, mas não passou por esses testes em humanos e não tem eficácia comprovada, por isso não é considerada um remédio. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes ainda são desconhecido.

Inquérito apura dois crimes
Segundo documentos obtidos pela EPTV, a USP denunciou o pesquisador por curandeirismo e por expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto iminente, previstos como crimes nos artigos 284 e 132 do Código Penal, respectivamente. A pena para o primeiro é de prisão de 6 meses a 3 anos e, para o segundo, de 3 meses a 1 ano.

A denúncia foi feita inicialmente para a Polícia Federal, que encaminhou o caso para a Polícia Civil de São Carlos. O delegado seccional Geraldo Souza Filho informou que um inquérito foi aberto no dia 15 de fevereiro para apuração.
Além de Chierice, foram ouvidos também o pesquisador Salvador Claro Neto e o diretor do Instituto de Química, Germano Tremiliosi Filho. Também devem ser ouvidos pacientes com câncer que usaram a substância.

Leia mais em G1
Fonte: G1
Foto: Wilson Aiello/ EPTV

Aviões como nunca se viu

Em 2015, 3,5 bilhões de passageiros usaram aviões como meio de transporte, segundo a International Air Transport Association (IATA). O número deverá dobrar até 2034, quando o Brasil, que é um dos países em que o setor tem crescido mais rapidamente, deverá superar os 200 milhões de passageiros por ano.
“O setor aéreo tem um impacto enorme na economia mundial e não há nada melhor para o transporte rápido em distâncias longas do que aviões, que oferecem um tipo de operação confiável e segura”, disse Carlos Cesnik, professor de Engenharia Aeroespacial e diretor do Active Aeroelasticity and Structures Research Laboratory da University of Michigan (UM).
Mas, da mesma forma que crescerá, o setor passará por muitas transformações nos próximos anos, de acordo com Cesnik e os demais palestrantes de um painel em que foram apresentadas alternativas tecnológicas para o futuro da aviação na FAPESP Week Michigan-Ohio, que ocorre até 1º de abril nos Estados Unidos.
O grupo do professor Daniel Inman no Departamento de Engenharia Aeroespacial da UM tem buscado alternativas para o desenvolvimento de aeronaves mais eficientes a partir do estudo de quem voa há mais tempo no mundo: as aves.
Segundo Inman, a ideia de modificar asas de aeronaves é muito antiga. Os próprios irmãos Wright usaram asas que mudavam de forma à medida que eram puxadas por cabos. “Eles queriam aprender a voar e nada melhor do que se basear em aves”, disse.
Entretanto, por motivos de segurança – diminuir a turbulência, por exemplo –, as superfícies rígidas dominaram a aviação desde a popularização do setor até os dias de hoje. E foi somente nos últimos anos que retornou o interesse pelo estudo de configurações com asas que mudam de forma durante o voo.
“Em nossa pesquisa, não queremos copiar o modo como as aves batem as asas, mas sim analisar características na fisiologia desses animais que possam inspirar soluções tecnológicas, particularmente em aplicações com materiais inteligentes”, disse Inman.
O grupo de Inman, do qual fazem parte engenheiros e especialistas em biologia animal – da UM, Stanford e University of California Los Angeles –, teve este mês aprovado um auxílio à pesquisa de US$ 6 milhões do Escritório de Pesquisa Científica da Força Aérea dos Estados Unidos para produzir a análise mais detalhada do voo de aves já feita em um projeto de engenharia aeronáutica. “Estudaremos os mais variados tipos de aves, com diferentes tamanhos, formas e velocidades”, disse.
Enquanto os aviões atuais têm asas rígidas e usam partes conhecidas como flapsslats e spoilers para o controle, as aves utilizam as penas – isoladamente ou em conjunto – para criar superfícies que controlam o voo. E, detalhe importante: fazem isso sem desperdício de energia. Esse é o principal objetivo da pesquisa de Inman: levar a eficiência do voo de aves para o setor aéreo.
Novas formas, novos materiais
No Brasil, o grupo de Edson Cocchieri Botelho, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Guaratinguetá, tem estudado o uso de materiais plásticos altamente resistentes ao calor no setor aeronáutico.
Conhecidos como materiais compósitos, por terem pelo menos dois componentes ou duas fases, esses materiais têm propriedades físicas e químicas distintas. São materiais poliméricos que se destacam por uma combinação favorável de baixa massa específica e elevado desempenho mecânico.
“A grande maioria dos compósitos poliméricos avançados utilizados atualmente é obtida a partir da impregnação do reforço com resinas termorrígidas que, entretanto, apresentam problemas de tensão em virtude do processamento e da natureza quebradiça da resina”, disse Botelho.
“Os polímeros termoplásticos reforçados com fibras contínuas vêm se apresentando como importantes substitutos, quando comparados aos polímeros termorrígidos convencionais, pois apresentam maiores valores de rigidez e resistência ao impacto, temperatura de serviço mais elevada e grande versatilidade na produção em série”, disse.
Em uma pesquisa apoiada pela FAPESP, Botelho e equipe processaram compósitos termoplásticos envolvendo diferentes graus de cristalinidade e avaliaram a influência dessa cristalinidade no desempenho mecânico e térmico, envolvendo diferentes condições ambientais.
O projeto foi realizado em conjunto com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), com o Composites Institute de Kaiserslautern e com o Leibniz Institute of Polymer Research Dresden, ambos na Alemanha.
“Temos estudado materiais compósitos tanto estruturais quanto reforçados com nanotubos de carbono, em pesquisas conjuntas com grupos nas universidades da Califórnia, Purdue, Case-Western e Washington, nos Estados Unidos”, disse à Agência FAPESP.
Em São José dos Campos, como não poderia deixar de ser, está boa parte dos esforços brasileiros para o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas ao setor aeronáutico.
Um exemplo foi apresentado na FAPESP Week por João Luiz Filgueiras de Azevedo, coordenador de um grupo no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) que trabalha principalmente com fluidodinâmica computacional.
Os pesquisadores fazem simulações em computador para analisar fatores como velocidade, turbulência, pressão, temperaturas e diversos outros com importantes efeitos em aeronaves.
As principais áreas de pesquisa estão no desenvolvimento de sistemas computacionais e de modelagem e estudos de fatores como turbulência, aeroacústica, elasticidade, interação de estruturas fluidas, fluxos hipersônicos e otimização aerodinâmica.
Mais informações sobre a FAPESP Week: www.fapesp.br/week2016/michigan-ohio
Fonte: Heitor Shimizu | Agência FAPESP
Imagem: Freepik

Unicef lança "contos que não são de fadas" sobre crianças refugiadas


O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, lançou três filmes de animação que contam histórias reais de crianças fugindo de conflitos e explicam o horror que as colocou nesta situação.
A série "Contos que Não São de Fadas", em tradução livre, faz parte da iniciativa #actofhumanity, ou "ato de humanidade".

Direitos
A campanha enfatiza que crianças são crianças, não importa de onde venham, e que cada uma delas tem direitos e merece uma chance justa.
A chefe de comunicação do Unicef, Paloma Escudero, fez um alerta: "não importa aonde estejam no mundo, quando uma criança refugiada ou migrante chega a seu destino, isto é o início de uma outra jornada, não o fim do caminho".

Atos de Humanidade
Escudero afirmou que todos os dias, em todos os lugarem, pessoas estão ajudando esses menores com pequenos "atos de humanidade".
Ela ressaltou que essas ações raramente se tornam notícia, mas estão fazendo "toda a diferença do mundo" para crianças refugiadas e migrantes. Segundo a chefe de comunicação da agência, o Unicef "quer exibir esses atos de humanidade para inspirar outros e mostrar o caminho a seguir".

Histórias
Uma das histórias que compõem a série, "Ivine e o Travesseiro", ilustra a história verdadeira de uma menina de 14 anos. Depois de uma fuga perigosa da Síria, Ivine se estabelece em um campo de refugiados na Alemanha, onde tem outros desafios.
"Malak e o Barco" conta a história de uma menina de sete anos em um barco furado. A terceira animação descreve a história de Mustafa, um menino que após deixar sua casa, se pergunta quem sobrou para ser seu amigo.

Casa
Paloma Escudero lembrou que as histórias dessas três crianças não são incomuns.
Pelo menos 65 milhões de crianças e jovens em todo o mundo estão em movimento, fugindo de conflitos, pobreza e condições climáticas extremas e "buscando uma vida mais estável e um lugar para chamar de casa".

Redes Sociais
O Unicef quer envolver o público com mensagens nas redes sociais e pretende produzir mais animações.
O pedido da agência é simples: mostre um ato de humanidade a crianças e jovens refugiados e migrantes; use a hashtag #actofhumanity para compartilhar histórias e inspirar outras pessoas.

Fonte: Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Imagem: Reprodução de Ivine e o Travesseiro

Inventor da Indonésia transforma resíduos plásticos em combustível.



Através da reciclagem, um cidadão da Indonésia virou assunto após transformar plástico em combustível para sua Scooter.

No aterro, nos arredores de Jacarta, mais de 6000 toneladas de lixo são despejados diariamente.
As montas de lixo apresentam riscos ambientais e de saúde. Hamidi, um inventor e empresário local está transformando resíduos plásticos em combustível.

"Eu inverto o processo do plástico até a sua origem, transformando-o em energia através do petróleo bruto". Hamidi diz que pode reciclar até 25kgs de plástico por dia.


Vídeo

"No começo eu só queria iniciar um negócio através da produção de combustível com uma matéria-prima fácil de conseguir, mas durante todo o processo, aprendi sobre o crescente problema do lixo no meio ambiente. Então decidi trabalhar para ajudar a resolver o problema. Uma vez que todos os meus experimentos foram bem sucedidos. decidi procurar ajuda com financiamento do governo".

Fonte: Scientific American
Foto: Tempo
Vídeo: InfoNews

A mamografia digital também pode mostrar riscos de doença cardíaca


Pesquisadores descobriram que a mamografia digital, além de examinar o tecido mamário para o câncer também pode revelar risco de doença cardíaca em apenas um exame.

Isto ocorro por conta da quantidade de cálcio nas artérias da mama que são visualizadas na verificação e refletem a quantidade de cálcio nas artérias coronárias. Estes tubos com paredes musculares que fornecem sangue para o coração e o produto químico encontrado pode dar sinais de doença cardíaca de acordo com a Reuters.

A ligação entre o cálcio nas artérias do peito e o cálcio nas artérias coronárias são motivo de atenção, de acordo com estudo do Dr Jagat Narula da Escola Icahm de Medicina do Monte Sinai em Nova Iorque.

Para o estudo, 292 mulheres se submeteram ao procedimento de mamografia digital e uma tomografia computadorizada do tórax. Os pesquisadores estudaram os fatores de risco de doença cardíaca, tais como colesterol alto, hipertensão arterial, açúcar elevado no sangue e tabagismo.

Foi determinado que 42,5% das mulheres tinham cálcio em suas artérias da mama, como mostrado na mamografia digital. Eram significantemente mais velhas, tinham pressão arterial mais alta e doença renal crônica em comparação com as mulheres que não apresentaram cálcio arterial na mama.

As mulheres que tinham cálcio na artéria coronária representaram 47,5% das pacientes do estudo, que também foram significativamente mais velhas, tinham mais pressão arterial alta, doença real crônica e diabetes.

Fonte: Reuters
Crédito da foto: RSNA

Twitter lança recurso para tornar imagens acessíveis a cegos


O Twitter anunciou na última terça-feira (29), uma novidade que vai ajudar deficientes visuais a aproveitarem melhor a plataforma.

Trata-se de um recurso de descrição textual de imagens que permite a leitura das figuras por sistemas utilizados nos computadores e dispositivos mobile de pessoas cegas.

Com o nome de "texto alternativo", descrição passa agora a ser uma função nativa da rede social nos aplicativos para Android e iOS.

Desta forma, além dos 140 caracteres do tweet, o usuário poderá inserir um texto de até 420 caracteres para descrever a imagem. Para isso, basta clicar em cima da foto no momento da publicação e optar por "Adicionar descrição".

Todd Kloots, engenheiro de software do Twitter, declarou que a companhia está otimista com a novidade: "Estamos animador em permitir que nossos clientes e editores tornem as imagens no Twitter acessíveis ao maior público possível, para que todos sejam incluídos nas conversas e possam experimentar momentos grandiosos juntos".

A nova função está disponível também para os Twitter Cards e a API REST.

Fonte: Adnews

30/03/2016

Estudo revela que Unicórnio da Sibéria existiu há 30 mil anos


Uma extinta espécie gigante de Unicórnio Siberiano existiu muito mais recentemente do que se pensava, apontam estudos.

O animal, um Elasmotherium, chamado de rinoceronte siberiano, ou 'sibiricum Elasmotherium,' viveu na Terra há aproximadamente 30 mil anos, mesmo período dos humanos pré-históricos, aponta estudo do "Journal of Applied Science". Isso significa que o unicórnio pode ter percorrido a Terra ao mesmo tempo que os seres humanos, já quem um fóssil humano encontrado na mesma região em 2008 foi datado de 45 mil anos atrás.

Acreditava-se que 'Elasmotherium sibiricum' desaparecera há 350 mil anos.

Os pesquisadores citam um fragmento de crânio fossilizado bem preservado descoberto perto da vila Kozhamzhar, Pavlodar no Cazaquistão como evidência da existência mais recente do rinoceronte. 

Os rinocerontes poderiam ser encontrados através de um vasto habitat que se estendia desde o rio Don, a leste do Cazaquistão moderno, de acordo com especialistas. Resíduos do animal no Cazaquistão revelam que os rinocerontes tinham "longa existência", no sudeste da planície siberiana ocidental.

Foto: Heinrich Harder, Wikimedia Commons
Fonte: Fox News

29/03/2016

Cientistas japoneses fazem operação para tentar salvar satélite fora de controle


Dezenas de cientistas e engenheiros japoneses estão lutando para salvar um satélite - e milhões de dólares em investimento – que está fora de controle no espaço.
O satélite Hitomi, que significa a "pupila", foi lançado no mês passado.
Ele foi projetado para estudar objetos espaciais como buracos negros supermaciços, estrelas de nêutrons e aglomerados de galáxias, observando comprimentos de onda de energia de raios-X para raios gama.
Mas o tempo para salvar a missão está se esgotando.

O que aconteceu?
No último sábado, o Centro de Operações Espaciais dos Estados Unidos, que rastreia detritos espaciais, detectou cinco pequenos objetos ao redor do satélite.
O Japão até conseguiu um breve contato com a nave espacial depois disso, mas, em seguida, essa comunicação foi perdida.
O satélite também teria sofrido uma súbita mudança de rota. E observadores já o viram como uma luz piscando, o que sugere que ele possa estar caindo.
No dia seguinte, o Centro americano de Operações se referiu ao incidente como um "rompimento", apesar de que especialistas já esclareceram que o Hitomi pode estar praticamente intacto.
Mas, então, o que aconteceu com o satélite?
A Agência Espacial Japonesa (Jaxa) disse à BBC que não sabia, até o momento, o que teria acontecido com o Hitomi e que ainda está tentando restabelecer a comunicação com ele.
Jonathan McDowell, um astrônomo do Centro de Astrofísica de Harvard, disse à agência de notícias AP que há duas possibilidades: uma explosão de bateria ou um vazamento de gás, colocando o satélite em um giro e o deixando incomunicável.
"É muito triste saber que isso aconteceu. Eu sei como a missão foi feita e sei que poderia ter acontecido conosco. O espaço não perdoa."
Mas o diretor de projetos do programa de satélite da Universidade Nacional de Singapura, Goh Cher Hiang, afirmou à BBC que graças ao sistema de monitoramento e de backup, as explosões de bateria eram "muito raras", enquanto um vazamento dos tanques pressurizados de combustível em satélites poderiam causar problemas.
Fatores externos poderiam também ser uma razão, explicou ele. "Pode ser também de uma colisão, seja algo do espaço mesmo ou um objeto feito pelo homem que estivesse lá."
Segundo ele, pequenos objetos não são necessariamente detectados por radares, e com peças ainda menores "uma colisão pode causar prejuízos graves" por causa da alta velocidade.

É raro perder um satélite?
"É raro", afirmou Goh. "Mas não é impossível – e é o motivo pelo qual muita gente adquire seguro de satélite, só para esses casos."
Uma falha completa da operação, em que nada poderia ser salvo da missão original, é ainda mais rara, especialmente quando parte de "instituições com reputação".

E agora?
Se for comprovado que é impossível salvar o satélite, a missão terá criado um imenso buraco negro em suas finanças. Os US$ 273 milhões investidos pelo governo japonês ainda não incluem os instrumentos fornecidos pela Nasa, pela Agência Espacial Canadense, ou pela Agência Europeia Espacial.
Seria também o terceiro satélite de raio-X japonês perdido ou criticamente afetado. Em 2000, o foguete que levava o satélite Astro-E caiu no mar e, quando seu sucessor, Suzaku, alcançou o espaço, seu instrumento principal acabou desativado por um vazamento de hélio em 2005.
Mas a Jaxa conseguiu recuperações pouco prováveis antes. Os engenheiros conseguiram obter a sonda Akatsuki na órbita de Vênus em dezembro do ano passado, depois de cinco anos que a nave espacial estava à deriva no espaço.

Existem razões para se ter esperanças?
O fato de a agência ter tido contato com o Hitomi por um curto período mesmo depois que os detritos foram encontrados próximo ao satélite é visto por alguns como um sinal de esperança, já que poderia indicar que a nave não está completamente destruída. A localização dela também é pouco conhecida.
Mas a recuperação rápida seria essencial. Se o satélite estiver caindo no espaço, como se pensa que está, ele pode não ser capaz de captar energia solar suficiente para se manter até ser encontrado.
Tudo depende de três fatores, segundo Goh. "Uma é comunicação; a segunda é energia; a terceira é o computador. Mas o mais importante agora é conseguir se comunicar com o satélite."
Se conseguirem fazer isso, a Jaxa tem a chance de descobrir o que houve de errado e como consertar. Mas se isso não for possível, "eles estarão perdidos".

Fonte: BBC
Foto: BBC/Jaxa

Grupo de trabalho implantará Programa Agricultura de Baixo Carbono paulista

Agência FAPESP – A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo instituiu o Grupo Gestor Estadual do Plano Setorial da Agricultura (GGE), que definirá as diretrizes do Programa Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) paulista.
O objetivo do plano é incentivar a adoção de práticas tecnológicas e sistemas de produção sustentáveis pelos produtores rurais para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. A Resolução da Secretaria que cria o grupo foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 25 de março.
O grupo, que será oficialmente instalado no dia 5 de abril, será responsável por elaborar e apresentar as diretrizes, orientar a implantação e estabelecer as prioridades para o atendimento, que estejam de acordo com a Política Estadual de Mudanças Climáticas, integrar todas as ações, programas e linhas de financiamento existentes à prática de agricultura sustentável e articular as atividades junto aos órgãos públicos e privados e à sociedade civil. O trabalho envolverá ainda a realização de eventos para difundir as ações do plano, bem como capacitar os técnicos e produtores para o seu desenvolvimento.
O Grupo Gestor do Plano Setorial da Agricultura (GGE) é composto pelo secretário Arnaldo Jardim e por membros da Assessoria Técnica do Gabinete, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgãos ligados à pasta.
Também integram o grupo representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), das Secretarias paulistas do Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos, Energia e Mineração, Justiça e da Defesa da Cidadania, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação; Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp); Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp); Universidade Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq); Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (Fetaesp); Observatório ABC da Fundação Getúlio Vargas (FGV); do Banco do Brasil; da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp); e da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). 
Foto: Wikimedia Commons

Exposição Cosmos nos Museu de Arte de Joinville


O Museu de Arte de Joinville (MAJ) apresenta nesta quinta-feira (31), às 19 horas, a exposição individual ‘Cosmos’, do artista visual porto-alegrense Carlos Wladimirsky.

A exposição 'Cosmos' é constituída de quinze desenhos de pequenas dimensões aproximadas de 28 x 38 cm, em técnica mista sobre papel de algodão.

Os desenhos, produzidos em 2015, são resultado de dezenas de diluições de pigmentos e gestos gráficos, com o uso de técnicas do desenho com aquarela, giz pastel seco e guache, gerando uma veladura. Esta superposição de aguadas criam imagens que remetem a um mundo sideral e cósmico com formas abstratas em contínua transformação.

Serão apresentados também ao público quatro vídeos que abordam os processos de criação do artista e o ateliê. A performance tem roteiro e direção de Carlos Wladimirsky e atuação dos performers Rogério Nazari, Cristina Rosa e Carlos Wladimirsky.

Na abertura da exposição ‘Cosmos’ no MAJ, o artista estará presente e conversará com o público. A exposição permanecerá aberta para visitação até o dia 1º de maio de 2016.

Sobre o artista
Carlos Wladimirsky nasceu em Porto Alegre/RS, vive e trabalha na mesma cidade. Foi integrante do “Espaço NO” de 1979 a 1982, o grupo foi pioneiro e de relevante importância para as artes visuais e a contemporaneidade gaúcha. Dedicou-se inicialmente ao teatro, ao cinema experimental e às performances e, nos anos 80, ao desenho e à pintura.

Em 1990 fez viagem de residência artística a Portugal e entrou em contato com a pintura de Maria Helena Vieira da Silva e com a joalheria de René Lalique, iniciando trabalhos com joias em prata, e pedras brutas semipreciosas.

Wladimirsky iniciou em 2002, sua pesquisa com cerâmica, produzindo pratos, bowls e máscaras esmaltadas que têm suas configurações enraizadas em suas investigações do desenho.


Serviço
O quê: Exposição ‘Cosmos’

Quando: abertura nesta quinta-feira (31), às 19 horas. Mostra segue até 1° de maio.

Horário de visitação: terça a domingo, das 10 às 16 horas.

Onde: Museu de Arte de Joinville - Rua XV de novembro, 1400, América

Visitas monitoradas para grupos devem ser agendadas pelos telefones: (47) 3433-4677 / 3433-4754.

Entrada Gratuita

Fonte: Santa Catarina 24 horas
Imagem: Divulgação

Oportunidade de Pós-Doutorado em Taxonomia e Biogeografia na UFSCar

Agência FAPESP – O Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), oferece uma oportunidade de Pós-Doutorado em Taxonomia e Biogeografia com bolsa da FAPESP. O prazo de inscrição encerra em 8 de abril.
A oportunidade está vinculada ao Projeto Temático “Biodiversidade de Microalgas de Água Doce: banco de germoplasma e obtenção de marcadores moleculares das espécies criopreservadas”, implementado no âmbito do programa BIOTA-FAPESP.
O bolsista desenvolverá o subprojeto "Biogeografia da família Selenastraceae (Chlorophyceae, Sphaeropleales): cosmopolitismo e padrões de distribuição à luz da sistemática molecular".
Os candidatos devem ter experiência em técnicas de biologia molecular, manutenção de culturas algais axênicas e quantificação do crescimento algal. Também é importante o conhecimento sobre taxonomia tradicional de Chlorophyceae.
Os candidatos devem enviar, em formato PDF, carta de interesse, curriculum vitae com lista de publicações e resumo da tese de doutorado (1 a 2 páginas) para o pesquisador responsável pelo Temático, Armando Augusto Henriques Vieira, para o endereçoahvieira@ufscar.br.
A oportunidade está publicada em http://www.fapesp.br/oportunidades/1068/.
O selecionado receberá bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 6.819,30 mensais, segundo os novos valores de bolsas aprovados para vigorar a partir de 1º de abril, e Reserva Técnica. A Reserva Técnica da bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio-Instalação.
Imagem: Microalgae Nannochloropsis sp/Wikimedia Commons

Unicamp lança Biblioteca Digital Zika


O Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU) está lançando a “Biblioteca Digital Zika” (BDZ), plataforma aberta que disponibiliza publicações do mundo todo relacionadas às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt. O foco principal, que originou o desenvolvimento da plataforma, é o zika vírus. Mas também estão lá informações sobre os estudos da chikungunya e da dengue. A biblioteca digital foi criada, a princípio, com o objetivo de atender aos pesquisadores da Rede Zika Unicamp, uma ideia inicial da Pró-reitoria de Pesquisa (PRP). O desenvolvimento teve a participação das bibliotecas do Instituto de Química (IQ), Instituto de Biologia (IB) e da Faculdade de Ciências Médicas (FCM).
Já são 200 artigos disponíveis sobre o tema na BDZ. O conteúdo, segundo a coordenadora da SBU Regiane Alcântara Bracchi, foi estruturado de acordo com os grupos de trabalho da Rede Zika Unicamp: caracterização molecular e biológica, mecanismos de imunopatogenicidade, novas metodologias de diagnóstico, estratégias de bloqueio da transmissão e controle do mosquito e epidemiologia, imunologia e repercussões clínicas. Os coordenadores de cada grupo validaram palavras-chave para a busca por publicações. A pró-reitora de Pesquisa, professora Gláucia Maria Pastore, disse que a importância da BDZ é enorme, "pois permite que as pessoas possam acessar as mais recentes publicações sobre o tema e assuntos tangentes a ele". Ela acrescenta que "de forma muito rápida, os pesquisadores têm acesso a uma série de informações, sem que eles necessitem buscar de forma individual e todos que compõem a rede Zika podem ter disponíveis informações de todos os aspectos deste grande e complexo estudo".
“O diferencial dessa biblioteca digital é que ela reúne todas as publicações em uma única plataforma, então o pesquisador não vai precisar entrar em todas as bases de dados para pesquisar sobre o tema”, afirma o diretor de gestão de recursos da SBU Márcio Souza Martins. A busca por palavras-chave validadas por pesquisadores da área também torna a biblioteca bastante específica e técnica. Márcio, Regiane, a diretora da tecnologia da informação Daniela Feijó Simões, o diretor de tratamento da informação Oscar Eliel e a bibliotecária Michele Lebre de Marco compõem a equipe que desenvolveu em tempo recorde de duas semanas a Biblioteca Digital Zika.
Leia mais em Unicamp.
Acesse o site da Biblioteca Digital Zika.

Dá para saber se haverá mais peixes ou plástico nos oceanos em 2050?


Chamado The New Plastics Economy ("A Nova Economia do Plástico", em tradução livre), o relatório estimou que, no ritmo atual, os mares terão, em termos de peso, mais plástico do que peixes na metade deste século.
O relatório ganhou as manchetes de vários jornais, mas acabou sendo questionado e levantando a questão: como medir a quantidade de plástico e como contar os peixes?
O problema é que o próprio relatório reconhece que é difícil fazer uma medição precisa nos dois casos.
No caso dos plásticos, o estudo faz referência a um levantamento publicado em 2015 por Jenna Jambeck, professora da Universidade da Georgia, nos Estados Unidos. Ela tentou fazer um censo global da poluição por plásticos e estimar o quanto disso vai parar nos oceanos.
O estudo de Jambeck analisa estimativas do total de lixo em todos os países que não são totalmente cercados por terra e, a partir disso, estima o quanto deste lixo pode ser plástico, o quanto é reciclado e assim por diante.
Mas para estimar o quanto deste plástico vai parar no mar, o estudo levou em conta apenas uma área - a Baía de San Francisco (EUA).
"Isso não representa o resto do planeta, então você pode ver o potencial para grandes divergências neste cálculo", criticou o professor Callum Roberts, da Universidade de York, na Grã-Bretanha.
O que a Fundação Ellen MacArthur fez foi pegar a pesquisa de Jambeck, que faz previsões apenas até 2025, e projetar essas estimativas até 2050.
Fonte: BBC
Imagem: Freepik

Vitamina encontrada em carnes pode ajudar a conter envelhecimento, sugere pesquisa


Um experimento científico que está em fase de testes tem buscado entender como uma vitamina - a B3 - pode ajudar a conter o processo de envelhecimento do corpo humano.
Uma das causas do envelhecimento é a presença de radicais livres no organismo – eles oxidam nossas células e muitas vezes causam sua destruição. Para evitar esse processo, os antioxidantes que consumimos servem para acabar com os radicais livres e minimizar o dano deles às células.
O que esse grupo de cientistas está buscando é justamente uma forma de aumentar os níveis de antioxidantes das células. E os esforços se concentram na vitamina B3, encontrada em alimentos como frango, porco e atum.

"O que nós temos feito é aumentar o processo natural dos antioxidantes no corpo. Fizemos isso com ratos por meio de modificações genéticas, e esses ratos viveram mais e com mais saúde", explicou à BBC Manuel Serrano, do Centro Nacional de Pesquisa sobre o Câncer na Espanha, que é um dos líderes do estudo.
Segundo Serrano, não é possível replicar o experimento com modificações genéticas em seres humanos, mas o grupo tem feito testes para saber se dá para atingir o mesmo resultado de outra maneira. A ideia é aumentar a síntese de derivados da vitamina B3 para, consequentemente, melhorar os níveis de antioxidantes no organismo.
"Os derivados da vitamina B3 são a chave para a defesa dos antioxidantes do nosso corpo. Então uma possibilidade que estamos estudando é que, complementando a dieta com vitamina B3, poderíamos melhorar esse processo de defesa", afirmou.
"Ainda não temos a certeza de que isso daria certo. É algo que precisamos testar para ver se tem um impacto na defesa dos antioxidantes."

Caso isso se confirme, o consumo de alimentos que contenham vitamina B3 seria importante para o aumento dos antioxidantes no organismo – o que em tese poderia conter o envelhecimento. Essa vitamina pode ser encontrada em alimentos como atum e outros peixes, frango, carne de porco, fígado, ovos, leite, amendoim e arroz.
Mas Serrano alerta que nada consumido em excesso vai fazer bem.
"Acho que quando o assunto é comida, a melhor estratégia é ter uma dieta balanceada, porque com certeza frango e porco têm outras substâncias que não são tão boas. Então não quero dizer às pessoas para comerem o quanto quiserem de frango e porco. Acho que isso não seria racional", ressaltou.


Fonte: BBC
Imagem: Freepik

28/03/2016

Maconha conservou pintura de 1500 anos em caverna


A cannabis foi fundamental para conservar durante 1.500 anos as pinturas em uma caverna da Índia, até que cientistas descobriram agora este segredo oculto durante 15 séculos para deleite dos que pedem a legalização desta droga no país.
O cânhamo índico que ficou impregnado nas paredes e no teto de uma das grutas de Ellora no século VI, foram o segredo do "ambiente saudável, confortável e esteticamente prazeroso" que, segundo um recente estudo, desfrutaram os eremitas que a habitaram.
A vida contemplativa dos monges budistas que foram seus moradores deu passagem em nossos dias à curiosidade dos turistas que visitam a cavidade, uma das 34 cavernas declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco nesta paisagem do oeste da Índia.
Ninguém tinha imaginado que o segredo da conservação dos afrescos nas rochas desta gruta estava na droga ilegal mais consumida do mundo, até os estudos dos cientistas indianos Milind Madhav Sardesai, botânico, e Manager Rajdeo Singh, arqueólogo.
"É o primeiro lugar onde foi encontrada esta combinação de cânhamo com argila e gesso nos afrescos", garantiu à Agência Efe Sardesai, pesquisador da Universidade Babasahed Ambedkar Marathwada na cidade vizinha de Aurangabad.
Singh, que trabalhou no local para o Serviço Arqueológico da Índia, corroborou que é a "primeira ocasião em que um estudo detalhado mostra a combinação da cannabis na lama de cal".
A maconha já foi achada em restos de uma mistura, mas com uma composição distinta à de Ellora, que foi usada como cimento em uma ponte na França que também data do século VI, mas que durou "só" entre 600 e 800 anos.
No entanto, "em Ellora as pinturas nos afrescos sobreviveram durante 1.500 anos e ainda seguem fortes", ressaltou Singh sobre a fórmula que foi usada para evitar a deterioração dos desenhos de plantas e figuras geométricas de tons mate em paredes e tetos, expostos aos raios do sol e à chuva que entram na caverna.
A mistura atuou como fixador na rocha, isolador de umidade e repelente de insetos, além de ser mais consistente e duradoura.
Nas grutas vizinhas de Ajanta, também declaradas Patrimônio da Humanidade, os artistas optaram por acrescentar casca de grãos de arroz na composição empregada para fixar os afrescos, com o resultado de um gesso mais brando que foi sendo perfurado pelos insetos.
A combinação descoberta em Ellora teria sido bem utilizada em muitos monumentos com problemas de conservação pela umidade em países como o Reino Unido, ressalta o trabalho publicado na revista científica "Current Science".
Além disso, a descoberta foi feita no momento em que cresce o grande movimento para legalização da maconha na Índia, dando novos argumentos à luta para descriminalizar esta planta, originária da Ásia e sagrada para o hinduísmo.
"Boa razão para legalizá-la", comentou Murai Lal, um dos seguidores deste movimento, através do perfil deste grupo no Facebook, enquanto outro adepto, Joel Michael Rebello, defendeu que a descoberta revela outra das muitas "vantagens" da erva.
Mais precavida, no entanto, se mostrou a polícia sobre as revelações científicas.
"A maconha está proibida pela Lei de Drogas Narcóticas e Substâncias Psicotrópicas", advertiu ao jornal "The Times of India" o delegado de Aurangabad, Amitesh Kumar, já que "não se pode cultivar, transportar, possuir ou consumir".
Apesar da advertência policial, esta legislação de 1985 tem resquícios que tornam legal o consumo de folhas de cannabis silvestre, mas não o cultivo da planta ou sua venda, salvo que uma lei regional permita seu comércio regulado, algo que quase não ocorre.
Porém, na prática, a erva é tolerada com fins supostamente religiosos, como na festa hindu de Holi, na qual é tão típico se lambuzar com pós de cores como consumir "bhang", uma bebida que leva cannabis. 
Fonte: EFE
Foto: OpenRangeStock

Pós-Doutorado em Ciências Farmacêuticas na USP Ribeirão Preto

Agência FAPESP – Uma vaga de Pós-Doutorado com bolsa da FAPESP está disponível na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP/USP). Inscrições serão recebidas até o dia 1º de abril.
A oportunidade está vinculada ao Projeto Temático Sistemas de liberação sustentada e direcionada de fármacos para o tecido epitelial, coordenado pela Professora Renata Fonseca Vianna Lopez.
O candidato selecionado desenvolverá subprojeto que envolve a síntese de cristais líquidos termotrópicos e o desenvolvimento de sistemas de liberação tópica passíveis de aplicação de métodos físicos visando o tratamento de tumores cutâneos.
É preciso ter título de Doutor adquirido recentemente (no máximo nos últimos dois anos) na área das Ciências Farmacêuticas.
Também é necessário ter experiência comprovada em métodos analíticos, como cromatografia líquida de alta eficiência, desenvolvimento e caracterização de sistemas de liberação nanoparticulados voltados para a pele, ensaios de liberação e permeação cutânea in vitro, síntese e purificação de polímeros biodegradáveis, bem como conhecimento em manipulação de animais experimentais, cultura de células e técnicas de quantificação in vitro de internalização de sistemas nanoparticulados, como citometria de fluxo e microscopia confocal a laser.
É desejável que os candidatos tenham disponibilidade para realização de estágio no exterior e sejam fluentes nas línguas inglesa e portuguesa.
Currículo Lattes atualizado, acompanhado de uma referência profissional, deve ser encaminhado para rvianna@fcfrp.usp.br.
A oportunidade está publicada no endereço www.fapesp.br/oportunidades/1067.
O selecionado receberá bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 6.819,30 mensais, segundo os novos valores de bolsas aprovados para vigorar a partir de 1º de abril, e Reserva Técnica. A Reserva Técnica da bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio-Instalação.
Foto: Eduardo César/FAPESP