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25/07/2016

Bolívia: estudantes criam gel de coca que alivia dores de chikungunya


Quatro estudantes universitários bolivianos desenvolveram um gel com base na milenar folha de coca que, aplicado nas articulações, alivia eficazmente a típica dor provocada pela doença chikungunya.

"A coca tem 14 alcalóides, dos quais sintetizamos quatro que têm propriedades analgésicas", explicou Hugo Nuñez, um dos criadores do produto, ao jornal El Deber de Santa Cruz (leste da Bolívia).

O gel foi aplicado várias vezes ao dia diretamente nas articulações de pacientes com chikungunya, sendo constatado um evidente alívio nas dores.

A chikungunya é produzida por um vírus homônimo transmitido pela picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A doença provoca febre e fortes dores articulares.

"O vírus fica nas articulações e impede a irrigação sanguínea, por isso os anti-inflamatórios não costumam chegar diretamente ao lugar da dor", detalhou Damaris Vaca, outra das criadoras do produto, premiado em uma feira universitária de Ciência e Tecnologia.

Os criadores do gel, estudantes de fisioterapia e kinesiologia, tentam potencializar seus resultados com o ultrassom, para facilitar a penetração do medicamento e esperam provar sua eficácia no caso de artrite.

Segundo dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) na América Latina foram registrados 36.732 casos confirmados de transmissão autóctone de chikungunya. Desses casos, 1.190 foram registrados na Bolívia.

A Bolívia é o terceiro produtor mundial de coca depois de Colômbia e Peru, segundo estimativas oficiais.

Fonte: AFP

29/03/2016

Unicamp lança Biblioteca Digital Zika


O Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU) está lançando a “Biblioteca Digital Zika” (BDZ), plataforma aberta que disponibiliza publicações do mundo todo relacionadas às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt. O foco principal, que originou o desenvolvimento da plataforma, é o zika vírus. Mas também estão lá informações sobre os estudos da chikungunya e da dengue. A biblioteca digital foi criada, a princípio, com o objetivo de atender aos pesquisadores da Rede Zika Unicamp, uma ideia inicial da Pró-reitoria de Pesquisa (PRP). O desenvolvimento teve a participação das bibliotecas do Instituto de Química (IQ), Instituto de Biologia (IB) e da Faculdade de Ciências Médicas (FCM).
Já são 200 artigos disponíveis sobre o tema na BDZ. O conteúdo, segundo a coordenadora da SBU Regiane Alcântara Bracchi, foi estruturado de acordo com os grupos de trabalho da Rede Zika Unicamp: caracterização molecular e biológica, mecanismos de imunopatogenicidade, novas metodologias de diagnóstico, estratégias de bloqueio da transmissão e controle do mosquito e epidemiologia, imunologia e repercussões clínicas. Os coordenadores de cada grupo validaram palavras-chave para a busca por publicações. A pró-reitora de Pesquisa, professora Gláucia Maria Pastore, disse que a importância da BDZ é enorme, "pois permite que as pessoas possam acessar as mais recentes publicações sobre o tema e assuntos tangentes a ele". Ela acrescenta que "de forma muito rápida, os pesquisadores têm acesso a uma série de informações, sem que eles necessitem buscar de forma individual e todos que compõem a rede Zika podem ter disponíveis informações de todos os aspectos deste grande e complexo estudo".
“O diferencial dessa biblioteca digital é que ela reúne todas as publicações em uma única plataforma, então o pesquisador não vai precisar entrar em todas as bases de dados para pesquisar sobre o tema”, afirma o diretor de gestão de recursos da SBU Márcio Souza Martins. A busca por palavras-chave validadas por pesquisadores da área também torna a biblioteca bastante específica e técnica. Márcio, Regiane, a diretora da tecnologia da informação Daniela Feijó Simões, o diretor de tratamento da informação Oscar Eliel e a bibliotecária Michele Lebre de Marco compõem a equipe que desenvolveu em tempo recorde de duas semanas a Biblioteca Digital Zika.
Leia mais em Unicamp.
Acesse o site da Biblioteca Digital Zika.

04/03/2016

Cordel é criado para conscientizar alunos sobre Aedes em Olinda


Com cerca de cinco alunos faltando por semana devido as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, a diretora da Escola Municipal Mizael Montenegro Filho, no bairro de Casa Caiada, Olinda, Rivani Nasado, cansou de assistir impotente a essa situação. Autora de 45 cordéis, sendo 35 voltados para a educação, a gestora resolveu mudar essa realidade. Ela criou um cordel direcionado às crianças para explicar como se proteger da dengue, da febre chikungunya e do vírus da zika.

Na escola, são 222 alunos distribuídos em oito turmas – quatro pela manhã e quatro à tarde -, com uma faixa etária que varia de um ano e meio a 11 anos de idade. A ideia de Rivani é que, mesmo ainda bem pequenos, os estudantes sejam agentes replicadores de informação, sendo fiscalizadores das ações dos pais dentro de casa.
“A gente precisa fazer uma corrente de ensino e aprendizado para levar as informações corretas para a garotada, para que eles sejam esses agentes”, salienta a professora.

Com a ajuda do percussionista Clinge Vicente, o cordel é declamado com a típica batida do pandeiro, trazendo musicalidade para a ação. Para se aproximar ainda mais das crianças e tornar o aprendizado mais lúdico, o cordel abusa do regionalismo com termos como “febre da mulesta” e “cabra”. “O cordel rima e tudo que rima a garotada aprende com mais facilidade. É um prazer, é uma coisa nova e no momento que coloco a música eles enlouquecem, memorizam com facilidade”, diz a diretora.

Com estrofes simples, ele também convida o docente para integrar a batalha contra o Aedes. “A escola é o início do que pode apoiar, professores bem atentos no que devem ensinar, proteger contra o mosquito com o verso popular”, diz o cordel.
No entanto, o trabalho é constante. Rivani apresenta o cordel aos alunos e a professora se encarrega de transformar essas informações em atividades pedagógicas durante toda a semana. “O colégio tem que inovar. Aquele modo de ensinar engessado já passou, aquilo ali não se aprende, se decora e esquece em meia hora. Já essa forma diferente se torna um aprendizado para a vida toda”, afirma Ana Karolina Teodoro, professora do terceiro ano.

E não é que a criançada tem as estrofes na ponta da língua. Com apenas seis anos, Harley Davidson de Morais, declama – entre uma mordida e outra no sanduíche – “E a ação é tão simples que devemos apoiar, não deixe água parada, protege todo lugar, o mosquito é virado, unidos vamos ganhar”. “Eu ensino isso tudo para os meus pais”, diz o pequeno.

Apresentado na quarta-feira (2) aos alunos, Rivani tem esperança de que a ferramenta surta efeito e que os casos de doenças diminuam. “Acredito que vamos melhorar. Eu vou exigir dos pais porque no momento que a criança tem o conhecimento ela vai conseguir conscientizar. A escola tem que ser um ambiente de conhecimento para a criança porque é a partir dela que eu posso mudar o mundo”, conclui.

Fonte: Thays Estarque/G1 PE
Foto: Thays Estarque

01/02/2016

Fiocruz lança novo site Rede Dengue, Zika e Chikungunya


A Fundação Oswaldo Cruz lança oficialmente, nesta segunda-feira (1º/2), o novo site Rede Dengue, Zika e Chikungunya. Trata-se de uma versão ampliada do antigo site Rede Dengue e tem como objetivo manter a população informada e atualizada sobre as principais notícias em relação a essas três viroses.

A iniciativa é da Rede Dengue, Zika e Chikungunya, coordenada pela Vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz (VPAAPS).  A Rede visa a promover a integração de competências e ações, a fim de criar soluções e ser um modelo de ações integradas e intersetoriais para o controle da dengue, zika e chikungunya.

“A ideia é que o site seja um instrumento onde a população em geral possa ter informações qualificadas e de fonte segura, por meio de uma linguagem de fácil compreensão, sobre as principais questões em relação a dengue, zika e chikungunya nos campos do ensino, da pesquisa, promoção, assistência e desenvolvimento tecnológico”, afirmou o coordenador da Rede Dengue, Zika e Chikungunya, José Augusto de Britto, assessor da VPAAPS.

O site está dividido por projetos nos eixos preconizados pela diretriz do Programa Nacional de Combate à Dengue, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, cujas metas abrangem as áreas de controle ambiental, comunicação e informação, gestão, mobilização social, serviços laboratoriais, atenção de referência, educação, pesquisa e vigilância em saúde.

Fonte: Regina Castro (Agência Fiocruz de Notícias/AFN)