18/03/2016

MASP coloca artistas e o público para brincar no vão do museu


Se nos anos 60, Nelson Leirner estava no olho do furacão com seus happenings provocativos, hoje, aos 84 anos, ele ainda é atual, irreverente e inspirador. O projeto Playgrounds tem como tema sua instalação de 1969, realizada no vão livre do MASP,  na inauguração do novo edifício do museu, em plena avenida Paulista. O local é o sismógrafo das manifestações político-sociais e, quando John Cage esteve na cidade, ao andar pelo belvedere exclamou: “Essa é a arquitetura da liberdade”!.

Em Playgrounds, Leirner construiu peças de grandes dimensões que contavam com a participação do espectador, dentro do espírito da pop arte. O evento reuniu objetos pensados especialmente para a mostra, além de outros mais antigos. Alguns foram vítimas de vandalismo, mas imediatamente reparados. Playgrounds, em sua versão atual, não se prende necessariamente à instalação de Leirner e conta com seis artistas: Ernesto Neto, do Rio de Janeiro; Yto Barrada, do Marrocos; Céline Condorelli, da França; e Rasheed Araeen, do Paquistão, além dos coletivos Contrafilé e Grupo Inteiro, ambos de São Paulo. A mostra receberá público que poderá circular pelo vão livre e pelo segundo subsolo do MASP, dando continuidade à ideia de interação entre o museu e o público, que já estava contemplada na pauta do casal Bardi quando a arquiteta Lina desenhou o museu e Pietro Maria, seu diretor, o aprovou. Para o argumento exposto é bom destacar que os artistas convidados são de gerações e tendências diferentes, e se quiséssemos unificá-los seria pelo interesse de todos eles pela arte pública. 

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Serviço: PLAYGROUNDS 2016
De 18 de março a 24 de julho
2º subsolo e Vão Livre do MASP
Avenida Paulista, 1578 – São Paulo/SP
(11) 3149-5959

Fonte: Leonor Amarante/Brasileiros
Imagem da Exposição “Playgrounds”, de Nelson Leirner, no vão livre do MASP em 1969 / Divulgação