Chamado The New Plastics Economy ("A Nova Economia do Plástico", em tradução livre), o relatório estimou que, no ritmo atual, os mares terão, em termos de peso, mais plástico do que peixes na metade deste século.
O relatório ganhou as manchetes de vários jornais, mas acabou sendo questionado e levantando a questão: como medir a quantidade de plástico e como contar os peixes?
O problema é que o próprio relatório reconhece que é difícil fazer uma medição precisa nos dois casos.
No caso dos plásticos, o estudo faz referência a um levantamento publicado em 2015 por Jenna Jambeck, professora da Universidade da Georgia, nos Estados Unidos. Ela tentou fazer um censo global da poluição por plásticos e estimar o quanto disso vai parar nos oceanos.
O estudo de Jambeck analisa estimativas do total de lixo em todos os países que não são totalmente cercados por terra e, a partir disso, estima o quanto deste lixo pode ser plástico, o quanto é reciclado e assim por diante.
Mas para estimar o quanto deste plástico vai parar no mar, o estudo levou em conta apenas uma área - a Baía de San Francisco (EUA).
"Isso não representa o resto do planeta, então você pode ver o potencial para grandes divergências neste cálculo", criticou o professor Callum Roberts, da Universidade de York, na Grã-Bretanha.
O que a Fundação Ellen MacArthur fez foi pegar a pesquisa de Jambeck, que faz previsões apenas até 2025, e projetar essas estimativas até 2050.
Fonte: BBC
Imagem: Freepik