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07/07/2016

Menino encontra na Argentina fósseis que podem ter 500 mil anos


Martín Landini, um menino de 4 anos, encontrou nesta terça-feira (5) em uma praia perto da cidade de Mar del Plata, província central de Buenos Aires,  na Argentina, fósseis que podem ter mais de 500 mil anos, segundo os primeiros cálculos dos pesquisadores de um dos museus da região.

O fato foi confirmado pelo perfil oficial no Facebook do Museu de Ciências Naturais Lorenzo Scaglia, ligado ao município de Mar del Plata, onde receberam o comunicado da descoberta.

A mãe do menino, Inés Cordero, disse que Martín e seu pai, Luis, saíram esta manhã em uma de suas habituais "escapadas paleontológicas" na busca de fósseis, que são abundantes no litoral de Mar del Plata, e avisaram aos paleontólogos do museu quando encontraram tantos ossos.

"Geralmente saímos em família para buscar alguns destroços. Os meninos são os que sabem mais", afirmou Inés, explicando que o interesse por esta ciência de Martín e seu irmão Nicolás, de 8 anos, nasceu a partir de um curso de paleontologia oferecido pelo museu.

Os pais se surpreenderam com a descoberta do menino, embora não tenha sido a primeira vez que encontraram restos de fósseis na região. Segundo Inés Cordero, o procedimento sempre é o mesmo: se encontrar algo interessante, enviar uma foto para o museu e deixar o "tesouro" intacto.

Após a chamada de Martín, cientistas do Lorenzo Scaglia foram para o local e levaram para o museu os fósseis que ficarão à disposição do especialista Matías Taglioretti, que irá preparar e investigar, com a finalidade, entre outras, calcular a idade exata dos fósseis.

"É uma descoberta paleontológica de muita importância científica", afirmou o museu através de um comunicado.

Fonte: EFE
Foto: Reprodução/Facebook/Museo Municipal de Ciencias Naturales Lorenzo Scaglia

08/06/2016

Cientistas encontram fóssil inédito de ancestral de ‘hobbit’ de 700 mil anos


Em 2004, cientistas revelaram a impressionante descoberta de fósseis de uma espécie humana até então desconhecida. Os remanescentes encontrados na ilha de Flores, na Indonésia, pertenciam a um hominídeo de apenas um metro de altura que, pela diminuta estatura, foi apelidado de "hobbit", criatura ficcional que aparece nos romances de J.R.R. Tolkien.

Dez anos depois, em 2014, pesquisadores encontraram na mesma ilha fósseis pertencentes aos ancestrais dos hobbits, criaturas ainda menores que viveram no local há 700 mil anos, mais de 500 mil anos antes do que os Homo florensiensis revelados em 2004.

A descoberta, descrita em dois artigos publicados nesta quarta-feira (8) na revista “Nature”, dá pistas sobre a evolução do Homo floresiensis e soluciona uma dúvida sobre o que poderia explicar a estatura tão pequena da espécie: seriam descendentes do Homo erectus que encolheram ao longo dos anos vivendo na ilha ou teriam eles evoluído de espécies mais primitivas e menores, como o Homo habilis ?

O achado revela não apenas que a primeira hipótese é a mais provável, mas também que esse processo de encolhimento provavelmente ocorreu de forma muito rápida em termos evolutivos: ao longo de cerca de 300 mil anos.

“Trezentos milênios podem não parecer um período ‘curto’ de tempo para muitos leitores. Mas não se conhece nenhuma transformação tão dramática na evolução dos hominídeos que tenha ocorrido em uma escala de tempo tão breve”, afirma a cientista Aida Gómez-Robles em um comentário sobre a pesquisa também publicado na “Nature”.

Entre os fósseis descobertos estão um fragmento de mandíbula e seis dentes de ao menos três hominídeos distintos.

“A morfologia dos fósseis dos dentes também sugerem que essa linhagem humana representa um descendente ‘encolhido’ dos primeiros Homo erectus que de alguma forma foram parar na ilha de Flores”, diz o cientista Yousuke Kaifu, do Museu Nacional de Natureza e Ciência de Tóquio, um dos autores da pesquisa. “O que é verdadeiramente inesperado é que o tamanho do achado indica que o Homo floresiensis já tinha obtido o tamanho pequeno há pelo menos 700 mil anos.”

O cientista Gerrit van den Bergh, da Universidade de Wollongong, na Austrália, também autor do estudo, observa que foram encontrados, na mesma região, artefatos que datam de ao menos um milhão de anos, o que indica que essa linhagem estava presente na ilha ao menos 300 mil anos antes daqueles exemplares descobertos. Por isso acredita-se que o processo de encolhimento tenha se dado nesse intervalo de tempo.


Fonte: G1
Foto: Reprodução The Hobbit

23/05/2016

Fóssil de maior e mais antiga ave é encontrado na Antártida


Pesquisadores da Argentina encontraram nas cercanias da Base Marambio, na Antártida, um fóssil de um exemplar de uma ave correspondente ao período Eoceno (de 34 milhões a 56 milhões de anos atrás) que garantem ser a maior e mais antiga das que são conhecidas, segundo o governo do país.

"Trata-se de uma ave de mais de seis metros de envergadura de asa, a maior e a mais antiga da qual se tem registro", afirmou neste sábado o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

O exemplar é de uma ave da família Pelagornithidae, descoberto por especialistas do Instituto Antártico Argentino (IAA), da Universidade Nacional de La Plata (UNLP), do Museu de História Natural da Província do Pampa (MHN) e da Fundação de História Natural Félix de Azara.

O Ministério destacou que a descoberta de um úmero incompleto durante a campanha antártica de 2014 facilitou a revisão de todos os pelagornítidos antárticos conhecidos até então, o que permitiu um avanço "considerável" no conhecimento da diversidade e da evolução deste grupo de aves, cuja extinção ocorreu há 3 milhões de anos.

Marcos Cenizo, diretor do MHN, disse à "Agência CTyS", da Universidade de la Matanza, que o comprimento da peça achada "é maior que o do Pelagornis sandersi, que é o maior pelagornítidos que se conhecia até o momento".

Segundo o estudo, este grupo de aves, que chegou a se espalhar por todo o mundo pouco tempo depois da extinção dos dinossauros, tinha asas que lhe permitia atravessar grandes distâncias, e seus leves ossos possibilitavam que pegasse altura aproveitando as correntes de ar.

Há 50 milhões de anos, segundo as mais recentes pesquisas, começou um período de aquecimento da temperatura dos oceanos que provocou uma grande produtividade biológica dos mares antárticos.

Portanto, os pelagornitídios e os pinguins teriam tido alimento suficiente para poder desenvolver tamanhos tão grandes, disse a agência estatal argentina "Télam". 

Fonte: EFE
Foto: Divulgação

09/04/2016

Cientistas acham fóssil de estranha criatura que carregava filhotes por cordões


Cientistas descobriram o fóssil de uma criatura marinha de 430 milhões de anos de idade que aparentemente arrastava seus descendentes por espécies de cordões, como se fossem pipas.

Por causa desse hábito inusitado nunca antes visto no reino animal, ela foi apelidada de "caçador de pipas".

O animal aparentemente amarrava dez cápsulas à sua volta e, nessas cápsulas, ficavam contidos os seus filhotes em diferentes fases de desenvolvimento.

Reportado na revista científica PNAS, o animal tinha muitas pernas, um olho, apenas um centímetro de comprimento e não parece ter relação com qualquer espécie viva que conheçamos.

“É o que chamamos de ser de linhagem única. Ela pertence a um grupo que deve ter evoluído e se diversificado antes de chegar aos grupos que conhecemos hoje”, disse à BBC News David Legg, paleontólogo do Museu de História Natural da Universidade de Oxford.

Legg adicionou que, muito embora claramente tivesse o corpo segmentado e o exoesqueleto de um artrópode, foi difícil determinar exatamente a posição dessa pequena fera na escala evolucionária.

“Normalmente, você observa um animal em particular e diz que ele pertence a esse ou aquele grupo. Com esse, não tínhamos ideia”.

O fóssil foi encontrado em um sítio em Herefordshire antes de ser levado a Oxford e computadorizado. O processo envolveu analisar a espécime, parte por parte, e fotografar cada uma dessas seções para, depois, reconstruí-la em 3D.

Legg e seus colegas começaram a categorizá-la usando “filogenética de composição”: “você pega sua anatomia, a inclui em um data set e aplica métodos estatísticos, que irão lhe dizer quão provável é que alguma parte dele tenha evoluído de alguma maneira em particular”, explicou Legg.

O processo sugeriu que a criatura era de uma classe de artrópodes que compõe o subfilo dos insetos, crustáceos e centípedes. No entanto, ele não é um ancestral direto desses animais.

Embora crustáceos modernos também apliquem estratégias para proteger seus ovos e embriões, “não sabemos nada hoje sobre como ele arrasta os filhotes pelos cordões do seu corpo”, diz o coautor do estudo Derek Briggs, da universidade de Yale, nos EUA.

Fonte: BBC
Imagem: Reprodução BBC

30/03/2016

Estudo revela que Unicórnio da Sibéria existiu há 30 mil anos


Uma extinta espécie gigante de Unicórnio Siberiano existiu muito mais recentemente do que se pensava, apontam estudos.

O animal, um Elasmotherium, chamado de rinoceronte siberiano, ou 'sibiricum Elasmotherium,' viveu na Terra há aproximadamente 30 mil anos, mesmo período dos humanos pré-históricos, aponta estudo do "Journal of Applied Science". Isso significa que o unicórnio pode ter percorrido a Terra ao mesmo tempo que os seres humanos, já quem um fóssil humano encontrado na mesma região em 2008 foi datado de 45 mil anos atrás.

Acreditava-se que 'Elasmotherium sibiricum' desaparecera há 350 mil anos.

Os pesquisadores citam um fragmento de crânio fossilizado bem preservado descoberto perto da vila Kozhamzhar, Pavlodar no Cazaquistão como evidência da existência mais recente do rinoceronte. 

Os rinocerontes poderiam ser encontrados através de um vasto habitat que se estendia desde o rio Don, a leste do Cazaquistão moderno, de acordo com especialistas. Resíduos do animal no Cazaquistão revelam que os rinocerontes tinham "longa existência", no sudeste da planície siberiana ocidental.

Foto: Heinrich Harder, Wikimedia Commons
Fonte: Fox News

06/02/2016

Um olhar para a evolução do olho

Cientistas conseguiram reconstruir olho de um fóssil de crustáceo de 160 milhões de anos de idade encontrado no sudeste da França. Com a reconstrução do olho, os cientistas conseguiram fazer a estrutura de tecido mole visível - que foi durante muito tempo considerado impossível.

Zoólogos de Colônia e Lyon conseguiram descobrir a estrutura interna de um olho composto de aproximadamente 160 milhões de anos (Dollocaris ingens van Straelen, 1923, Thylacocephala) do período Jurássico Médio. Ele foi descoberto no depósito de La Voulte no sudeste da França. 

Com a reconstrução da estrutura do olho, os cientistas conseguiram fazer a estrutura de tecido mole ser visível - que foi durante muito tempo considerado impossível. Juntamente com o paleontólogo Jean Vannier (CNRS / Université Claude Bernard Lyon 1 / ENS de Lyon) e outros colegas, a zoóloga Brigitte Schoenemann da Universidade de Colônia desempenhou um papel de liderança nesta pesquisa.

A construção de alta performance olho do crustáceo mais se assemelha a de uma abelha ou uma libélula. O mais provável é que também funcionavam de maneira parecida. A análise física revelou que este crustáceo estava ativo durante o dia e viveu nas partes repletas de luz sobre o oceano. Uma análise do seu estômago mostrou que, obviamente, perseguia organismos marinhos menores e se alimentava deles.

Este trabalho de pesquisa é importante porque até agora os pesquisadores pensavam que somente as partes duras de um animal, como conchas ou ossos, poderiam ser preservadas. Assim, os resultados da equipe sobre pesquisa em tecidos moles são inovadores.

A equipe foi capaz de abrir completamente novas perspectivas - não apenas para a investigação de sistemas sensoriais fossilizados. Ele também mostrou que, em comparação com resultados anteriores, o registro fóssil pode contribuir importantes fatos para a discussão da evolução dos sistemas internos visuais e outros.

Fonte: Jean Vannier, Brigitte Schoenemann, Thomas Gillot, Sylvain Charbonnier, Euan Clarkson.
Imagem: Freepik