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15/05/2016

Alunos da USP resgatam sonda que caiu em São Sebastião da Grama, SP


A sonda experimental lançada à estratosfera por alunos da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, neste sábado (14), atingiu o solo em São Sebastião da Grama (distante a 145 km), em uma mata próxima à cidade, 2h30 depois do lançamento.

Os estudantes de graduação da Escola de Engenharia da USP (EESC-USP) desenvolveram todo o projeto: os sensores, o programa de computador de bordo, o paraquedas e os motores do balão custaram R$ 5 mil, valor arrecadado por doações.

Capacidade de sobrevivência
A sonda levou biomoléculas e micro-organismos que vivem em condições extremas na Terra. Além de praticar o que aprenderam no curso, eles querem analisar a capacidade de sobrevivência desses organismos na estratosfera, onde o índice de radiação ultravioleta é altíssimo.

O interesse por esses micro-organismos é porque eles servem como modelos de formas de vida que podem existir em ambientes fora do planeta. Aos 30 quilômetros de altura, a baixa pressão rompeu o balão e o equipamento desceu com um paraquedas desenvolvido pelos estudantes.

Com os dados coletados pelos sensores, a equipe vai poder criar modelos e máquinas mais eficientes para avaliar a possibilidade de existir vida em outros planetas. O resultado da avaliação deve sair na próxima semana.

Importância do experimento
O trabalho é orientado pelo professor do Departamento de Engenharia Mecânica da EESC-USP Daniel Varela Magalhães. Segundo ele, é importante realizar o experimento para mostrar que existe a capacidade de construção e recuperação do módulo.

“Tudo isso tem um grande trabalho de engenharia com mérito total dos alunos. É importante que o exercício de todos os conhecimentos de engenharia adquiridos nos cursos da universidade sejam colocados em prática. Isso é um exercício fantástico da profissão que eles vão exercer no futuro”, avaliou.

Douglas Galante, pesquisador do laboratório Nacional de Luz Sincrotron no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materias (CNPEM), ressaltou que a equipe montou o experimento para testar os limites físicos da vida nessas condições.

“Mandamos uma série de microorganismos extremamente resistentes a fatores de estresse, baixa pressão, baixa temperatura, alta incidência de radiação e pouca disponibilidade de água. Basicamente um ambiente extremamente agressivo á vida e nenhum organismo normal iria sobreviver nessas condições, mas eles são capazes de sobreviver”, explicou.


Fonte: G1
Foto: Carol Malandrino/G1





14/05/2016

Sonda experimental do Grupo Zenith leva microorganismos à estratosfera



No último sábado, dia 14, às 11 horas, aconteceu o lançamento de uma sonda experimental à estratosfera, no entorno do Hangar I do Departamento da Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.

Batizado como missão Garatéa, esse evento faz parte de um projeto do grupo Zenith – formado por estudantes de graduação da EESCque realizam trabalhos extracurriculares na área de engenharia aeroespacial –, orientado pelo professor do Departamento de Engenharia Mecânica, Daniel Varela Magalhães, com a participação do engenheiro mecatrônico e ex-aluno da Escola, Lucas Fonseca, que participou da missão aeroespacial da sonda Rosetta. A proposta do grupo é desenvolver e difundir tecnologias aplicadas ao setor aeroespacial para estimular e ampliar visibilidade dessa área no Brasil.

O objetivo do lançamento da sonda – que é realizado por meio de um balão meteorológico inflado com gás hélio – é expor microrganismos extremófilos e algumas biomoléculas a condições extremas para analisar sua capacidade de sobrevivência e os danos moleculares sofridos, bem como a resiliência de moléculas candidatas a bioassinaturas, como os pigmentos biológicos.

Essa parte biológica do projeto é coordenada pelo professor do Instituto de Química (IQ) da USP, Fábio Rodrigues, em parceria com o pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Douglas Galante. O interesse em compreender a resposta desses organismos quando expostos a tais condições extremas justifica-se por eles servirem de modelos para a vida que poderia existir em ambientes diferentes da Terra, seja no Sistema Solar, seja em exoplanetas.

Durante o lançamento, a missão dos integrantes do Zenith foi assegurar que o experimento seja controladamente exposto ao ambiente severo da estratosfera, a 32 km de altitude, lidando com condições extremas muito similares às encontradas em órbita. O equipamento conta com três sensores de radiação ultravioleta e contadores de radiação ionizante, bem como sensores ordinários como barômetro, termômetro e acelerômetro. Devido à baixa pressão nessa altitude, o balão com gás hélio se romperá quando atingir o ponto esperado, e a sonda fará o retorno com segurança por meio de um paraquedas desenvolvido especialmente pelo grupo.

A missão Garatéa também fará parte do “Global Space Balloon Challenge”, um desafio organizado pela Stanford University e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) que reúne participantes do mundo inteiro, competindo em diversas categorias como: design, melhor experimento, maior altitude, maior distância horizontal viajada e melhores imagens. Para concorrerem nessa última categoria, os membros do grupo acoplarão, antes do lançamento, microcâmeras que farão o registro fotográfico durante o percurso do balão.

Fonte: Keite Marques / Assessoria de Comunicação da EESC
Foto: Divulgação