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04/04/2016

UFU estuda ação de proteína em tratamento de infecção pulmonar


Uma pesquisa orientada pelo professor Robinson Sabino Silva, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICBIM) e credenciado nos programas de pós-graduação em Ciências da Saúde e em Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), pode dar uma nova esperança para quem tem diabetes e sofre com infecções respiratórias.
O trabalho, que envolve pesquisadores da UFU, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), aponta uma relação entre a proteína SGLT1 e a diminuição de glicose e líquido pulmonar. Os pesquisadores integram o Grupo de Pesquisa em Fisiologia Integrativa e Nanobiotecnologia Salivar, do ICBIM/UFU.
Segundo Silva, já eram conhecidos outros benefícios da proteína SGLT1 nas glândulas salivares e no intestino, mas ainda não havia estudos concretos da atuação nos pulmões. “Estudo essa proteína há dez anos e, agora, os resultados indicam que a SGLT1 promove a diminuição da concentração de glicose e do volume de líquido pulmonar, reduzindo o risco de infecções respiratórias”, explicou.

De acordo com Silva a pesquisa foi realizada com animais e, o próximo passo, é captar recursos para realizar testes em humanos.O grupo fez experimentos em ratos diabéticos, injetando dois tipos de fármacos: um que estimulava o efeito da proteína SGLT1 e outro que bloqueava o efeito dela.
A pesquisa concluiu que a atividade da proteína SGLT1 em células alveolares do pulmão de ratos diabéticos modula a concentração de glicose e a proliferação bacteriana no líquido de superfície das vias. “A partir desse trabalho podemos criar novos medicamentos e minimizar esse problema que gera tantos custos e filas em hospitais. Observamos a alta incidência de pneumonia em diabéticos e quisemos reverter esse quadro. O trabalho abre perspectivas para o desenvolvimento de novos fármacos”, afirmou.
Para o orientador do estudo, a descoberta reflete um sonho realizado, mesmo não tendo previsão para testes. “Com a estrutura que já temos conseguimos ter um gasto de R$ 30 mil a R$ 40 mil com a pesquisa – incluindo reagentes e materiais. Sabemos da importância desse estudo visto que de acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF) existem 500 milhões de pessoas diabéticas no mundo. No Brasil a expectativa é que 10% da população tenha a doença”, acrescentou.

Fonte: G1
Foto: Divulgação

01/03/2016

Pesquisador da UFU cria equipamento para avaliação física de paraplégicos


A prática de esportes entre pessoas com deficiência está sendo cada vez mais difundida no Brasil e no mundo. Nas Paralimpíadas de 2012, por exemplo, o país foi o 7º colocado e conquistou 42 medalhas. Já nos Jogos Parapan-Americanos de 2015, no Canadá, os brasileiros alcançaram o 1º lugar e 257 medalhas.  Diante desse cenário, o professor Cleudmar de Araújo, coordenador do Núcleo de Habilitação e Reabilitação em Esportes Paralímpicos (NH/Resp), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), trabalha há mais de 10 anos na construção de um ergômetro para cadeirantes que avalia a real condição física da pessoa com deficiência e pode contribuir para o treinamento desses atletas. O projeto é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).

Para que um atleta realize o teste de condicionamento com esforços de grande intensidade, normalmente utiliza-se uma bicicleta ergométrica suspensa, onde se aplica o máximo de força e velocidade em um espaço de tempo. Para o paraplégico ainda não há um protocolo, mas, ao invés de rodas, o equipamento possui aros que a pessoa propulsione de forma semelhante a que faz numa cadeira de rodas convencional.  “A vantagem do ergômetro é que foi desenvolvido um sistema eletromagnético acoplado a uma instrumentação que mede os níveis de potência, regula a largura e inclinação dos aros e encostos, define o nível de resistência a partir do peso, faz a análise e emite um relatório do teste utilizando um aplicativo”, informa o pesquisador.

O ergômetro para cadeirantes é um equipamento independente composto por um módulo estrutural que simula uma cadeira de rodas acoplado aos sistemas de aquisição, resistência e instrumentação. Um dos diferenciais do equipamento enfatizados na pesquisa é a possibilidade de utilização de diversas regulagens aliado a um baixo custo. De acordo com o pesquisador, até o momento, não foram encontrados equipamentos projetados com estas características no exterior. Existem produtos do tipo rolo e esteiras, porém, o custo é elevado e de difícil acesso para os centros de pesquisa, treinamento ou tratamento dos deficientes físicos.

Ainda em processo de patente, não há uma estimativa do valor do produto, mas foram utilizados sistemas e dispositivos mais econômicos na expectativa de conseguir um preço abaixo dos equipamentos similares atuais. Segundo Cleudmar de Araújo, o terceiro protótipo está previsto para ser concluído e testado neste ano e o intuito é disponibilizá-lo para os centros de treinamento em 2017. Além de suprir uma carência no mercado nacional, o equipamento pode impulsionar a criação de outros projetos voltados para as pessoas com deficiência. A partir das ações do Núcleo de Habilitação e Reabilitação em Esportes Paralímpicos (NH/Resp), da UFU, os pesquisadores já estão desenvolvendo equipamentos para natação, atletismo e outras modalidades, seguindo o percurso utilizado para a criação do ergômetro.

Fonte: Assessoria de Comunicação da FAPEMIG