Com a ideia de trazer a contribuição da ciência para o desenvolvimento e melhorias da saúde pública no Brasil, pesquisadores de todo o País têm dedicado seus trabalhos a aprimorar questões de atenção ao Sistema Único de Saúde, de maneira a produzir conhecimento aplicado e novos olhares sobre a questão.
Na última terça-feira, dia 27, um total de 29 destes pesquisadores – contemplados com fomento da Chamada Pública nº 12/2013 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) no Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS) – apresentaram os resultados parciais de suas pesquisas realizadas no Estado. O objetivo foi o de avaliar o andamento do que já foi feito e dar sequência nos rumos destas pesquisas.
As apresentações foram realizadas durante todo o dia, no prédio da Reitoria da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). Além da presidente da Fapeg, Maria Zaira Turchi, a coordenadora nacional do PPSUS no Ministério da Saúde, Érika Ell, e a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC Goiás, Milca Severino, também participaram do evento.
De acordo com a presidente da Fapeg, Zaira Turchi, esse momento de apresentação contribui para fortalecer e apresentar ao Ministério a relevância dessas pesquisas. “São pesquisadores altamente qualificados e os resultados dessas pesquisas são importantes para o SUS na possibilidade da interlocução da Universidade com o Sistema de Saúde e com a sociedade”, avalia.
O próximo passo, segundo ela, é a incorporação dessas mudanças por parte dos gestores de saúde, da importância da parceria com o Ministério e a Secretaria Estadual de Saúde. “Os gestores da saúde é que terão que incorporar essas mudanças. Isso exige um diálogo aprimorado, uma comunicação científica eficiente, que consiga traduzir a profundidade da pesquisa em instrumentos que possam atingir os técnicos e os gestores. No final, queremos o benefício para a população”, argumenta.
Para a coordenadora nacional do PPSUS, Érika Ell, embora o programa seja bastante complexo e trabalhoso no sentido da operacionalização, ele tem dado certo e obtido êxito em todo o País. Ela também anunciou que, embora o governo federal tenha passado por um processo de reestruturação, o Ministério da Saúde conseguiu autorização para a continuidade do Programa em todos os estados brasileiros. “É um Programa que tem 12 anos de existência e já mostrou bastante êxito, mas precisa de apoio de todos para que possa crescer. O Confap [Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, que inclui a Fapeg] já se manifestou para dar apoio ao Programa também. E essa iniciativa é boa e pertinente para a continuidade”, ressaltou.
Para a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC Goiás, Milca Severino, a questão da continuidade é de extrema relevância para o desenvolvimento da pesquisa científica no nosso Estado. “Todos sabemos que não é possível conseguirmos avançar na pesquisa sem fomento público. O País precisa ter condições de entender bem a necessidade de apoiar os pesquisadores e a Fapeg é essencial nesse trabalho. Todas as nossas instituições de Goiás estão muito interessadas em alavancar o conhecimento, trazer desfechos positivos para o avanço da qualidade da saúde, não só em Goiás, mas no Brasil”, completou.
Sobre o programa
O Programa é realizado há 12 anos no País e esta é a terceira edição em Goiás. O seminário é uma exigência da chamada pública 12/2013, que tem por objetivo apoiar atividades de pesquisa científica, tecnológica ou de inovação em áreas prioritárias para o fortalecimento do SUS em Goiás. O edital é uma parceria entre Fapeg, Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), governo federal e governo de Goiás.
As pesquisas são divididas em quatro grandes áreas: Atenção à Saúde, Vigilância em Saúde, Tecnologias em Saúde e Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. Segundo o Ministério da Saúde, o PPSUS é uma iniciativa inovadora por adotar um modelo de gestão descentralizado e participativo, envolvendo gestores, profissionais de saúde, pesquisadores e representantes da sociedade civil.
O Programa constitui uma ferramenta potencialmente indutora para que os principais problemas de saúde da população fquem entre as linhas prioritárias de investigação dos pesquisadores brasileiros, tendo a relevância sócio-sanitária como critério norteador para a definição dos temas prioritários de pesquisa. Além disso, contribui para aumentar a experiência e a produção científica dos pesquisadores locais, tornando-os mais competitivos em âmbito nacional.
Fonte: Goiás Agora - *Assessoria de Comunicação Social da Fapeg
Foto: Domíinio público