Livros antigos, luvas do século
18, capelas centenárias. Uma arqueóloga usa química e um 'nariz eletrônico'
para obter uma receita dos cheiros do mundo.
Geralmente,
a arqueologia se dedica a pesquisar e analisar a história por meio de registros
que podem ser vistos ou tocados: quadros, tijolos, ferramentas, fósseis. Com
esses elementos, pesquisadores compõem uma colcha de retalhos que, supõem, seja
próxima daquilo que veríamos ou tocaríamos há centenas ou milhares de anos.
A
pesquisadora argentina Cecilia Bembibre, da University City London, no entanto,
se dedica a um tipo incomum de arqueologia: ela investiga, analisa e armazena
aromas pertencentes a outras épocas.
Por meio
de uma combinação de química analítica e um equipamento chamado de "nariz
eletrônico", que detecta cheiros e sabores, Bembibre trabalha em prédios
antigos e locações históricas para recuperar os odores que faziam parte do
mundo de outrora - e interpretar como essas informações podem nos ajudar a
compreender outras épocas.
Esse raio-x pode dar a um pesquisador pistas sobre a origem
geográfica ou a época em que o material foi produzido, como fazem os cientistas
que analisam a origem de pigmentos em quadros.
Como
é possível registrar e armazenar um cheiro
A ciência da captura de um aroma