Antes da popularização da internet, você precisava ir a uma banca de jornal e, despistadamente, comprar uma revista de "mulher pelada". Ou, então, alugar um filme pornô na locadora e passar por certo constrangimento. Na era digital, basta um clique e um vasto conteúdo erótico está à sua frente. Há quem prefira passar horas se masturbando na frente de uma tela do que ter um encontro real. Mas, o vício por esse tipo de conteúdo pode estar associado a problemas sexuais, especialmente a disfunção erétil, conforme sugere um estudo britânico.
A pesquisadora Angela Gregory, da Universidade de Notthingham, na Inglaterra, realizou um estudo aprofundado, que durou mais de uma década, e chegou à conclusão que cada vez mais os jovens britânicos estão sofrendo com a disfunção erétil. Segundo o estudo, essa situação é estranha, pois o problema, normalmente, costuma afetar homens mais velhos, e é associado a doenças como diabetes, esclerose múltipla e a problemas cardíacos.
A cientista identificou que os jovens não apresentavam tais doenças, mas tinham algo em comum: o vício por conteúdo pornográfico. De acordo com o estudo, este pode ser o motivo para a dificuldade de ereção da juventude britânica.
O urologista Antônio Peixoto Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de Minas Gerais, diz que o excesso de masturbação faz mal, assim como qualquer outra atividade que se realiza em exagero, mas que o ato, em si, não causa disfunção erétil.
O especialista alerta, no entanto, para o risco da precocidade da vida sexual estimulada pelo "bombardeio" de conteúdo pornográfico. "Isso acaba gerando um desgaste. Alguns pacientes jovens se queixam que o pênis é pequeno, mas pela comparação com os filmes eróticos. Às vezes, a pessoa acha que tem disfunção erétil e, na verdade, não tem. Isso acontece porque ela quer um desempenho que não existe. Acha que vai ficar transando o dia inteiro", destaca o médico.
Fonte: Revista encontro
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