Em 1982, o Dr Walter Bortz II, professor universitário de medicina escreveu: “Não há, nem haverá, nenhum remédio que garanta boa saúde tanto quanto um programa vitalício de exercícios físicos.” O conselho do Dr. Bortz não é só atual, mas serve de ponto de partida para pesquisa da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) “O estilo de vida de jovens e o risco de doenças relacionadas ao comportamento pouco ativo”.
Liderada por dois pesquisadores do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), Alan Rodrigo Antunes e Carlos Eduardo Maia de Oliveira, a pesquisa procura alertar os jovens sobre as consequências da pouca atividade física para saúde.
Os pesquisadores explicam que existe um entendimento geral que a obesidade vem aumentando e a atividade física diária diminuindo em crianças e adolescentes de forma significativa. Esse problema determina várias complicações tanto na própria infância e adolescência quanto na idade adulta. Porém, com a identificação e análise do estilo de vida será possível realizar um trabalho de informação e conscientização sobre a importância de cultivarmos uma vida ativa e saudável.
“Os benefícios vão além da melhora da qualidade de vida dos estudantes, pois pessoas mais saudáveis ficam menos doentes e reduzem os gastos com hospitais e médicos. Dessa forma, buscamos um trabalho avaliativo e preventivo que proporcione mudanças no hábito de vida o quanto antes possível, já que quanto mais tempo o indivíduo se mantém pouco ativo e obeso maior a chance das complicações ocorrerem, assim como mais precocemente”, explica Alan.
A pesquisa está sendo executada em quatro escolas de ensino médio da cidade de Três Lagoas, sendo uma escola federal, duas escolas estaduais (centro e bairro) e uma escola particular. Um questionário sobre estilo de vida e atividade física diária, é aplicado aos estudantes, aqueles que apresentarem resultados considerados prejudiciais a saúde, terão avaliados a composição corporal (por meio do método da dobra cutânea) e o condicionamento físico.
Alan ressaltou “A aplicação deste instrumento permite a identificação de aspectos positivos e negativos no estilo de vida dos estudantes, levando-os a refletirem sobre a necessidade de mudança de hábitos de vida”.
Com o levantamento da realidade dos jovens, a pesquisa espera contribuir para uma valorização da atividade física habitual, uma vez que a atividade física, mesmo que espontânea, contribuí para aumentar a massa óssea e prevenir a osteoporose e a obesidade.
Fonte: João Costa Jr. – Ascom FUNDECT
Foto: Arquivo Fundect/Web