Com o reaproveitamento do pescado adicionado a outros compostos naturais será possível reduzir níveis de gás carbônico por conta da utilização de energia a partir de matéria orgânica.
Os resíduos de peixes que antes eram descartados no lixo pelas feiras e mercados podem ter um novo destino: a alternativa é fruto de um projeto de pesquisa desenvolvido com apoio do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) por microempreendores que estão reaproveitando os restos de pescado para produção de biofertilizante, biogás e ração orgânica.
A utilização de produtos naturais deve trazer vários benefícios para população amazonense é o que afirmou um dos responsáveis pelo projeto de pesquisa, Raimundo Pereira, devido à ligação com a alimentação, energia e sustentabilidade do planeta. De acordo com o pesquisador, a maior vantagem no processo produtivo está na capacidade de produção de energia alternativa, fertilizante e ração para animais a partir de matéria orgânica e altamente renovável, sem substâncias tóxicas para o consumidor e para o meio ambiente.
Segundo ele, com o reaproveitamento do pescado adicionado a outros compostos naturais será possível reduzir níveis de gás carbônico por conta da utilização de energia a partir de matéria orgânica.
“Este será o futuro da geração de energia e de combustíveis. O planeta Terra e os seres humanos são verdadeiros biodigestores e, em semelhança disso, os inventos para os passos evolutivos das próximas gerações deverão traduzir este padrão em uma constate na vida social, econômica e ecológica da humanidade”, disse Pereira.
Ele explicou que a essência do biofertilizante será utilizada nos setores básicos agrícolas, hortas, jardins e plantações diversas. O biogás, utilizado para gerar energia e combustível. Já a ração orgânica, pode ser utilizada na avicultura e aquicultura.
“O biofertilizante trará muitas vantagens para a agricultura em geral por ser um produto isento de agrotóxico. O biogás é um combustível que poderá ser utilizado como geração de energia, a ração orgânica trará benefícios à criação de peixes na região amazônica”, disse o pesquisador.
O trabalho é um dos 40 projetos aprovados no âmbito do Programa Sinapse da Inovação, fruto da parceria firmada entre a Fapeam com a Fundação Centro de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), que visa transformar os resultados de projetos de pesquisa de universidades e instituições de ciência, tecnologia e inovação em produtos inovadores competitivos, além de fortalecer o empreendedorismo inovador.
“O apoio da Fapeam é importante para andamento dessa pesquisa. Esse é um projeto que vai beneficiar a sociedade com a melhoria na qualidade da produção de fertilizante, biogás e ração animal”, disse.
Fonte: Esterffany Martins / Agência Fapeam