Um simples exame de sangue pode agora ser usado como ferramenta de avaliação do risco de enfarto agudo do miocárdio no período de cinco anos.
A medição dos níveis de anticorpos - em particular de imunoglobulina G, produzida na fase aguda de uma infeção e dedicada à proteção do sistema de futuras infeções - permite avaliar a suscetibilidade do corpo para este tipo de incidente.
A inovação é produto de um estudo da Imperial College London e da University College London que, pela primeira vez, confirmou a associação entre um sistema imunitário forte e a capacidade que o corpo tem de prevenir um ataque deste gênero.
A avaliação da imunoglobulina G pode, assim, passar a constituir o indicador chave na análise da predisposição do corpo para um enfarte do miocárdio.
Avaliar este gênero específico de anticorpos é, relativamente, barato, o que significa que a medição mais precisa do risco de ataque cardíaco que este teste permite tornar-se-á comum, nos próximos anos.
"Pretendemos ainda explorar novas formas de fortalecer o sistema imunitário, tornando-o menos vulnerável à doença cardíaca", explica Ramzi Khamis, cardiologista e bolseiro no Instituto Nacional do Coração e Pulmões, Imperial College London, no The Huffington Post.
Todos os anos, morrem mais de quatro mil portugueses vítimas de ataques cardíacos em Portugal, segundo estatísticas divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística.
Fonte: Diário de Notícias
Foto: ADELINO MEIRELES/ GLOBAL IMAGENS