09/01/2016

Laboratório Nacional de Astrofísica lança e-book que narra a sua história.

Para baixar gratuitamente o e-book, clique aqui.

Da serra da Mantiqueira às montanhas do Havaí conta a história da construção de um observatório no Brasil. Historiadores do Mast foram buscar nos anos 1960 o início do projeto que transformou a astronomia brasileira.

O Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA/MCTI) lançou a versão eletrônica do livro Da serra da Mantiqueira às montanhas do Havaí, que conta a história da construção de um observatório em território nacional. Em cinco capítulos, o livro narra a trajetória do LNA até o gerenciamento da participação brasileira em consórcios internacionais e o desenvolvimento da instrumentação científica.

"É uma obra que ajuda a compreender o crescimento da astronomia no Brasil e permite antever os rumos frente à nova era marcada pela construção de telescópios gigantes", afirmam os historiadores.
O livro foi escrito pelos pesquisadores do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCTI) Christina Helena da Motta Barboza, Sérgio Tadeu de Niemeyer Lamarão e Cristina de Amorim Machado. Os historiadores foram buscar nos anos 1960 o início do projeto que transformou a astronomia brasileira. Sem tradição na astrofísica, o País precisava de equipamentos modernos para as pesquisas de ponta e para evitar uma "evasão de cérebros".

Segundo o livro, uma dificuldade era escolha do lugar para instalação de um telescópio de médio porte. As pesquisas apontaram para o Pico dos Dias, com 1.864 metros de altitude, na serra da Mantiqueira, em Minas Gerais. Ali, em 22 de abril de 1980, um telescópio com 1,60 metro de diâmetro, até hoje, o maior do Brasil, coletou sua primeira luz. Cinco anos depois, o então Observatório Astrofísico Brasileiro foi transformado no Laboratório Nacional de Astrofísica, ganhando autonomia em 1989.

"O LNA é a primeira instituição científica criada no Brasil sob o modelo de laboratório nacional. Foi um divisor de águas para a história da astronomia brasileira e para a comunidade científica, ajudando a formar uma geração de pesquisadores", disse a historiadora Christina Barbosa. "A história do LNA confunde-se
com a história da astronomia brasileira nos últimos cinquenta anos, e mais especificamente com a implantação e a consolidação da astrofísica no país."

A obra tem mais de 200 páginas com farta ilustração, incluindo documentos históricos como o convênio assinado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) com o Ministério da Educação e Cultura para implantação do antigo OAB.

Publicado em MCTI