19/01/2016

Novas tecnologias conquistam sojicultores com plantio mais prático e econômico

Projeto Pioneiros vem conquistando a credibilidade de sojicultores brasileiros com rapidez e praticidade no manejo, economia e incremento de produtividade

Sojicultores das maiores regiões produtoras de grãos do Brasil aderiram a uma técnica de plantio que, além de promover o aumento de produtividade, alia a praticidade do manejo à economia de insumos e a redução dos custos de operação. O Projeto Pioneiros, nome que recebe a técnica trazida pela Nutriceler ao país, já possui adeptos em oito estados brasileiros e vem ganhando cada vez mais espaço entre os sojicultores.

Com a substituição total ou parcial de adubos granulados, o novo manejo prevê a adubação fluida no sulco de plantio, evitando perdas e má distribuição de insumos. O engenheiro agrônomo e diretor técnico da Nutriceler, Nelson Schreiner Junior, explica que essas vantagens são velhas conhecidas de produtores de grãos norte-americanos. “Conseguimos implantar a técnica com muito sucesso em solo brasileiro e, a cada safra colhida, conquistamos a credibilidade de agricultores e afirmamos a sua eficiência”, explica Schreiner.

Schreiner explica que as plantadeiras são adaptadas com tanques e bicos e mangueiras são fixados para a condução da combinação de fertilizantes no sulco de plantio. “Além desta adaptação nas plantadeiras, o segredo da técnica é a combinação dos fertilizantes Nucleus®, contendo fósforo, potássio, nitrogênio e enxofre, e do Maxifós®, composto por ácidos húmicos e fúlvicos, aminoácidos e extrato de algas, que são depositados no solo junto com as sementes”, revela.

Na safra 2014/2015, áreas tratadas com a nova tecnologia apresentaram cerca de 15% de aumento de produtividade. “Este aumento de produtividade se dá graças à eficiência dos produtos envolvidos, que aceleram o arranque, melhoram o desenvolvimento radicular e estimulam a atividade dos microrganismos, até mesmo potencializando o efeito dos inoculantes”, explica Schreiner.

Sul - A rapidez da operação de plantio, comparando ao uso de fertilizantes sólidos granulados, é uma das características do Projeto Pioneiros que tem atraído a atenção de experientes agricultores gaúchos. Ronaldo Kuhn, diretor da empresa Fertisolo, que presta assistência a produtores de soja da região das Missões e Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul, confirma as vantagens da prática. “Os agricultores que atendemos estão atraídos pela possibilidade de produzir mais com maior rendimento de tempo, com menos mão-de-obra, poucos reabastecimentos, redução de local de armazenamento dos fertilizantes e entrega rápida, tudo isto em função do baixo volume utilizado”, afirma Ronaldo.

Centro-Oeste - O agricultor e engenheiro agrônomo Rogério Zart aderiu ao Projeto Pioneiros em duas grandes áreas nos estados de Mato Grosso do Sul e Tocantins. “Há tempos venho me preocupando com a baixa eficiência e custos dos fertilizantes convencionalmente utilizados na agricultura. Já evoluímos muito em outras tecnologias de produção, como o plantio direto, agricultura de precisão, transgenia para resistência a pragas, mas, em relação à adubação, ainda a praticavamos como nossos avós faziam”, afirma o agricultor.

Zart acredita que a técnica pode ser uma ferramenta para o agricultor reduzir custos e perdas de nutrientes, aumentando a produtividade. “A técnica, aliada à alta tecnologia, irá impactar diretamente na produtividade e na diminuição de custos da cultura como um todo, considerando a operacionalidade do plantio”, ressalta o agricultor.

Publicado em Agrolink