07/01/2016

ONG oferece voluntariado por meio de ciências da tecnologia


Engenheiros Sem Fronteiras possui mais de 60 núcleos no mundo. Objetivo é ajudar comunidades em situação de vulnerabilidade social com projetos sustentáveis

A organização não governamental Engenheiros Sem Fronteiras (ESF) oferece uma forma de voluntariado a estudantes e profissionais de Engenharia. Com um núcleo em Brasília, a ONG tem o objetivo de aliar o conhecimento da área e a sustentabilidade para ajudar comunidades fragilizadas.

O trabalho dos primeiros Engenheiros Sem Fronteiras surgiu na França, na década de 1980. Nos anos 1990, o movimento se disseminou para outros países europeus, além de Canadá e Argentina. Atualmente, são mais de 60 grupos no mundo. No Brasil, o movimento é coordenado pela Diretoria Nacional com sede em Viçosa, Minas Gerais, responsável por fomentar, orientar, apoiar, integrar e representar os cerca de 20 núcleos espalhados pelo país.

“É uma sensação prazerosa. Você se sente querido pelas pessoas que está ajudando. É um enriquecimento pessoal”, relata o diretor geral do núcleo dos Engenheiros Sem Fronteiras em Brasília, Daniel Morais, formado em Engenharia Elétrica pela UnB.

O núcleo brasiliense foi formado em agosto de 2014 e é o primeiro no Centro-Oeste. Desde então, atua na comunidade da Estrutural em parceira com a ONG Coletivo da Cidade, que atende crianças moradoras da região.

Uma vez por semana, o grupo busca explicar conceitos básicos de engenharia, física e química para crianças entre 6 e 14 anos, por meio de oficinas e experimentos, utilizando materiais simples, como CDs e garrafas pets.

“Alguns experimentos que fazemos, as crianças repetem em casa, mostrando para os pais e irmãos”, conta Daniel. Ele acrescenta que o grupo planeja construir, a partir de material reciclado, um aquecedor solar de baixo custo, que será implementado em três locais na Estrutural, ainda não definidos.

Além de elaborar e aplicar o projeto, o grupo tem a preocupação de oferecer treinamentos, palestras e oficinas para que a população possa dar prosseguimento às atividades mesmo após eles deixarem de atuar.

A participação é aberta, principalmente, a estudantes, professores e profissionais de todas as áreas da Engenharia, e também a pessoas dispostas a colaborar com a causa. “Nós acabamos desenvolvendo habilidades como trabalho em equipe, organização, planejamento, captação de recursos, importantes para nosso futuro profissional”, destaca Daniel.

Interessados em se associar ao projeto e mais informações na página dos Engenheiros Sem Fronteiras ou no https://www.facebook.com/semfronteirasbrasilia.

Por Pedro Paulo Ramos - Da Secretaria de Comunicação da UnB