Primeiro, foram as incandescentes acima de 100W. Depois, sumiram das prateleiras as lâmpadas de 60W e 40W. Nesta quinta-feira (30), todas as incandescentes comuns deixam de ser vendidas no atacado e varejo. Essa medida inclui até mesmo as lâmpadas menores, de 15W a 40W usadas em fogões.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), uma lâmpada incadescente comum converte 95% da energia utilizada em calor e apenas 5% em luz. Por isso, o governo federal estabeleceu um cronograma de banimento gradual do modelo que começou em 2012 e termina nesta quinta-feira 30 de junho de 2016. Além disso, a produção de calor gera maior quantidade de CO2, contribuindo para o efeito estufa.
Atualmente, o consumidor já encontra como opção três outros tipos: incandescente halogênea, fluorescente (compacta e tubular) e a de LED, que consome menos energia, mas costuma ser mais cara. Em nota, a Abilux defende que a proibição estimula "a adoção de opções mais econômicas e duráveis”, que são adotados em outros países como China, Reino Unido, Estados Unidos, Argentina, entre outros.
Efeitos no meio ambiente
A lâmpada halogênea usa um filamento do metal tungstênio, igual à incandescente comum, e um gás da família dos halogêneos. Contudo, a classificação do Inmetro de eficiência energética continua sendo a pior das três opções, perdendo apenas para a incandescente comum (D).
A lâmpada fluorescente tornou-se uma das opções mais preferidas do consumidor pelo preço. Preenchida com um gás tóxico, o mercúrio, ela exige descarte especial para não afetar a natureza.
Já a lâmpada LED é apontada com a alternativa mais eficiente. Utiliza o gás gálio e um componente eletrônico, o diodo, que controla o sentido da energia. Comparação da AOD Brazil aponta que uma lâmpada LED tem um ciclo de vida seis vezes maior que uma fluorescente compacta.
Efeitos nos olhos
O olho humano se adapta rapidamente ao índice de luminosidade no ambiente. Muitas vezes não são perceptíveis as diferenças entre as intensidade da luz de cada modelo e qualidade da cor.
As incandescentes possuem temperatura da luz mais próxima do amarelo, medidas em 2.700 Kelvins (o equivalente a 2.426 graus Celsius), consideradas assim como uma luz quente. Além disso, o Índice de Reprodução de Cor (IRC) de uma incandescente é de 100%. Nesse sentido, as halogêneas são as únicas a atenderem totalmente o IRC, reproduzindo fielmente as diferentes tonalidades dos objetos.
As lâmpadas de LED possuem um IRC de 80%, que ainda é considerado bom. Elas também estão entre as luzes quentes, oscilando entre 2700K e 3100K. Designers de interiores recomendam luzes amareladas para ambientes mais aconchegantes e confortáveis.
Do outro lado, estão as lâmpadas fluorescentes também possuem IRC de 80% e costumam ser vendidas na temperatura de 6500K, sendo uma luz fria. Mais próxima do branco-azulado, assemelha-se a luz de um dia de céu semi-nublado ao meio-dia. São indicadas mais para ambientes que exigem produtividade. Mesmo assim, existem opções de fluorescentes de 3100K, mais amareladas.
Efeitos no bolsos
De acordo com os comparativos técnicos da AOD Brazil, uma lâmpada de 75W incandescente utilizada 8 horas por dia durante um ano gasta nove vezes mais do que uma lâmpada de LED de 9W. A mesma lâmpada de 9W gasta a metade de uma fluorescente compacta comum de 18W. Mesmo assim, o preço da fluorescente no mercado costuma ser mais competitivo.
Por isso, na hora de comprar, o consumidor pode considerar o custo-benefício com uma estimativa simples: calcule quanto está custando uma lâmpada de LED de 9W, que dura aproximadamente 50 mil horas e quanto gastaria com 38 lâmpadas fluorescentes de 18W, necessárias para funcionar aproximadamente pelo mesmo tempo de 50 mil horas.
*com informações da Abilux.
Fonte: EBC